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Todo dia a ciência descobre coisas novas, funções diferentes para o nosso ecossistema humano – o corpo que temos, por dentro e por fora, e seus múltiplos ocupantes.
Em um artigo de Drauzio Varella encontrei uma discussão sobre os efeitos positivos da nossa simbiose com a Helicobacter pylori, a bactéria que causa as úlceras estomacais.
Acontece que esta bactéria sempre existiu nos estômagos humanos e ninguém pensou que tivesse alguma função especial benéfica – mas, ela tem, ou tinha pois, pouco a pouco, com o uso de antibióticos e os diversos tratamentos para erradicá-la, agora somos poucos os que temos H. pylori convivendo conosco. E isso é mau, afinal!
Já falamos bastante do que o H. pylori nos pode causar de danos – algumas pessoas convivem com ele, muito bem e sem qualquer prejuízo mas, outras desenvolvem úlceras gástricas fora a gastrite que é a inflamação da mucosa do estômago pela excessiva acidez dos sucos gástricos.
Outros afirmam que o H. pylori pode ser também a causa de determinados tipos de câncer de estômago.
Neste artigo nosso, HELICOBACTER PYLORI: O QUE É, SINTOMAS, TRATAMENTO CASEIRO E RECOMENDAÇÕES ALIMENTARES dissemos que 50% da população humana tem H. pylori em seu estômago e recomendamos alimentos para reduzir incômodos assim como, cuidados para os casos mais graves.
Porém vamos falar do porquê, ou para quê, temos essa simbiose com essa bactéria específica.
“Há anos sabemos que o estômago produz pelo menos dois hormônios envolvidos no apetite: a grelina, que avisa o cérebro quando chega a hora das refeições, e a leptina, que o avisa quando o estômago está repleto (entre outras atividades).” E é justamente o H. pylori que regula a quantidade de grelina que é liberada no nosso estômago – ou seja, ele é parte fundamental do equilíbrio entre a sensação de saciedade, a vontade de comer, o estufamento do estômago e, no final das contas, do que comemos à mais e engordamos por conta disso.
A liberação da grelina ocorre quando o suco gástrico se torna excessivamente ácido, ativa um gene específico do H. pylori, o gene cagA, “que controla a síntese de proteínas capazes de reduzir a liberação de ácido pela mucosa gástrica”. E nesse momento que pode acontecer a formação de úlceras gástricas em pessoas mais suscetíveis.
O resultado direto, imediato, da erradicação do H. pylori é a de que não vamos mais saber até quando precisamos, realmente, comer.
Como disse Martin Blaser, da Universidade de Nova York, pesquisador responsável pelo estudo científico de que fala Drauzio Varella: “Duas ou três gerações atrás, mais de 80% dos americanos eram portadores de H. pylori. Hoje menos de 6% das crianças carregam a bactéria no estômago. Temos uma geração inteira crescendo sem Helicobacter para interferir com a produção de grelina e o apetite”.
Cuidar da alimentação, claro, é fundamental. A simbiose humana com a bactéria H. pylori não precisa ser erradicada, ou não deveria ser erradicada para que nós, humanos, não viremos obesos mórbidos sem controle (que é o que vem acontecendo em algumas partes do mundo).
Se você sente demasiada acidez no estômago, busque equilibrar essa secreção com o uso de suco de limão, pimenta caiena, bicarbonato de sódio, em porções pequenas. Privilegie alimentos naturais em detrimento dos industrializados, reduza o ingestão de carne vermelha, ou elimine-a de sua dieta, se for possível.
Faça refeições leves, frequentes, até as 18 horas – após esse horário a gente engorda mais do que vale a pena.
E, para aliviar esses incômodos, que tal um chazinho de ervas?
Quando a acidez aperta, experimente tomar um chá de ervas que agem diretamente sobre a mucosa estomacal, como sejam:
● Hortelã
● Funcho
● Orégano
● Louro
● Boldo
E continue pesquisando, buscando as novidades, as notícias de estudos bem fundamentados porquê, no final das contas, cada um é responsável por cuidar o melhor possível do veículo que o transporta nessa vida, o corpo humano.
Mas, não há nada que a gente sinta fisicamente que não tenha relação com aquilo que a gente sente emocionalmente – se o estômago está difícil reflita sobre que situação está complicado de você digerir, certo?
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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