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Ninguém tem dúvidas de que tomate é um alimento versátil e delicioso, propício tanto para pratos quentes quanto para pratos frios e tem sido utilizado para estes fins desde os tempos mais remotos. No entanto, um estudo recente mostra que o tomate pode ter propriedades muito além das que conhecemos. Segundo o estudo, o tomate é capaz de proteger a pele contra danos solares, evitando assim seu envelhecimento graças ao antioxidante chamado lipoceno que protege a pele contra raios UV.
O estudo, publicado no British Journal of Dermatology, analisou 65 pessoas que foram divididas em dois grupos. Num dos grupos, os participantes receberam o complexo de nutrientes do tomate (TNC – tomato nutrient complex) ou placebo, no outro receberam luteína ou equivalente simulado. Ao começo e ao final de cada fase, os participantes eram expostos a dois tipos diferentes de UV (ultravioleta), o UVA 1 e UVAB.
Após o processo de irradiação, como é conhecida essa exposição a raios ultravioletas, eram então feitas biópsias nos participantes. O resultado mostrou dados impressionantes de como os genes dos participantes que não receberam luteína foram capazes de aumentar a expressão de indicadores de genes ligados à inflamação ou pele enrugada. Este estudo confirma outra análise de 2012 que mostrou que mulheres que tiveram uma alta ingestão de tomares foram capazes de reduzir problemas na pele, como a vermelhidão causada pelo sol, além de terem sofrido menos danos no DNA depois de exposição a raios ultravioletas.
Nos dois grupos, houve significante proteção contra os efeitos nocivos da irradiação, por isso a importância dos resultados. “Há evidências crescentes de que a intervenção alimentar de uma pessoa pode ajudar a proteger a pele contra os efeitos prejudiciais causados pela radiação ultravioleta solar”, diz o pesquisador Jean Krutmann, um dos coordenadores da pesquisa. “De acordo com o que pudemos comprovar, mostramos aqui pela primeira vez que o complexo de nutrientes do tomate (TNC), assim como a luteína, não protegem a pele apenas contra UVB/A, mas também contra a radiação UVA1“, complementa.
Segundo o professor pesquisador, o estudo “confirma ainda mais que os conceitos de estratégias alimentares são capazes de trazer benefícios para a pele humana em geral. Suplementos nutricionais com esta substância são muito eficazes para fornecer proteção contra UVA”, confirmando que será possível uma futura existência de complementos ou compostos feitos a partir do tomate para proteger a pele contra os efeitos danosos do sol.
Outros pesquisadores, no entanto, como Matthew Gass da British Association of Dermatologists diz que “comer tomate ou outro vegetal como couve não serve como substituição para o creme protetor solar ou outras formas de proteção” (como roupas, óculos, bonés), “todavia, o estudo mostra que suplementos de TNC poderiam ser uma ferramenta a mais na proteção contra os efeitos do sol”.
Em suma, o estudo foi bem sucedido em mostrar que o complexo de nutrientes do tomate pode ser tão eficiente (ou mais) na proteção UVB/A e UVA1 quanto outros protetores convencionais. Porém, o grande gargalo concentra-se mais em como o mercado (principalmente dos cosméticos) age diante de descobertas desta grandeza, quase sempre fazendo o possível para evitar o barateamento de processos, visando o lucro.
A pele é o maior órgão do corpo humano, portanto não é necessário frisar o quão importante é que cuidemos dela. Deve-se sempre procurar por orientação de um médico a respeito da melhor forma de tratar e proteger a sua pele dos possíveis efeitos nocivos que o sol possa causar. Somente um profissional de saúde qualificado poderá indicar a melhor proteção ao analisar cada caso individualmente.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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