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Você já parou para pensar a razão pela qual algumas drogas, como o álcool e o tabaco, são legalizadas e outras, como a maconha, não?
Há quem argumente que a maconha é a “porta de entrada” para outras drogas, consideradas “mais pesadas”. Mas será que o ponto principal a ser debatido, em vez da dualidade proibição/legalização, não deveria ser a prevenção, que é decorrente de atividades educativas e informativas?
Uma matéria do Brasil Post explica que a proibição das drogas é recente, ocorreu há cerca de 100 anos. Logo, a “guerra contra as drogas” é uma invenção do século XX, assim como a narrativa estereotipada sobre o vício, que foi sendo construída ao longo desses anos e que parece natural para nós. A matéria debate a necessidade de entender o ponto de vista do viciado.
Segundo o pesquisador Peter Cohen, os seres humanos sentem necessidade de estabelecer laços e conexões como forma de buscar satisfação. Essa conexão pode ser com pessoas, objetos, animais ou substâncias. Por isso, para ele, não devemos falar em “vício”, mas em “ligação”, pois o usuário de droga estabelece uma relação com a droga que não conseguiu estabelecer com outros agentes.
Em relação à maconha, especificamente, uma pesquisa, publicada este mês no Journal of School Health, empreendida por pesquisadores da Texas A&M University e da Universidade da Flórida, contesta a opinião do senso comum de que ela é a “porta de entrada” para outras drogas, consideradas “mais pesadas”.
Os pesquisadores ouviram 2.835 estudantes para avaliar os padrões de uso de drogas nos Estados Unidos. A pesquisa constatou que o consumo de álcool é maior entre os jovens e que este sim, antecede as experiências com tabaco e maconha, além de o fator etário interferir no início do consumo da droga e no abuso de outras no futuro.
A pesquisa diz que: “Nossos resultados apontam que quanto mais cedo ocorre o contato com álcool, mais provável é que as pessoas se envolvam com o uso de substâncias ilícitas no futuro”.
A opinião de que a maconha é a porta de entrada para outras drogas já havia sido contestada por outras pesquisas. A novidade desse novo estudo é apontar o álcool como o grande vilão.
Isso demonstra a necessidade de campanhas educativas em relação a essa droga que, dependendo da quantidade, pode ser extremamente perigosa, sobretudo porque ela é liberada para o consumo.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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