Cientistas do Canadá e do México desenvolveram um novo método para destruir os ovos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e do Zika.
O método, que utiliza o perfume dos próprios insetos para atrair as fêmeas, foi testado na Guatemala e teve um poder de destruição dos ovos sete vezes maior do que outros.
O sistema desenvolvido tem uma armadilha nomeada de ovillanta, na qual é colocado um fluido leitoso e não tóxico que atrai os mosquitos. O líquido fica em uma tira de papel ou madeira onde a fêmea do mosquito deposita os ovos. Esta tira é removida duas vezes por semana e os ovos são destruídos com fogo ou etanol.
A armadilha é eficaz porque os feromônios ficam mais concentrados com o tempo, fazendo com que a armadilha seja mais atrativa para os mosquitos. A conclusão dos cientistas é que a ovillanta é mais eficaz e barata do que as demais armadilhas. Além de destruir os ovos, não foram registrados novos casos de dengue na região onde foi feito o teste.
Gerardo Ulibarri, da Universidade Laurentian e autor da pesquisa, explica que a ovillanta custa um terço dos depósitos de água natural e apenas 20% do custo com pesticidas, que matam junto com os insetos os morcegos, libélulas e outros predadores naturais dos mosquitos.
O sistema abrange, também, a formação à distância de profissionais de saúde para aumentar a capacidade de controle de mosquitos.
Essa descoberta pode ajudar bastante os países da América Latina a controlarem o surto de dengue e Zika em seu território.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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