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Reclamar constantemente faz um mal danado, para a cabeça, para o coração, para a humanidade. Sim, aqui quero falar de isso – reclamar faz mal para todo o mundo!
Você sabia que as reclamações, justificadas ou não, condicionam o nosso cérebro a repetir reclamações? E aí vai ficando cada vez mais difícil de se enxergar o colorido, o lado bom, a luz da nossa vida. E chegamos a um ponto que, até a saúde do corpo físico se ressente – a serotonina já não é reconhecida, as endorfinas, apesar de ali, não são sentidas, e muitas funções bioquímicas se deterioram. Ficamos doentes, profundamente doentes.
Bom, mas está nas nossas mãos, e cérebro, a capacidade de mudar essa situação. É preciso consciência, primeiro, depois, decisão, e persistência. Primeiro mudamos nós mesmos e, quando sejamos muitos, quando acontecer a formação de um grande grupo de seres humanos, muitos mesmos, que vivam uma visão saudável de vida, conseguiremos, sim, alterações tão fundamentais que transformarão a sociedade humana em uma sociedade equalitaria, respeitosa das diversidades, protetora dos fracos (e não haverão oprimidos), onde a justiça será realmente justa e as leis, escritas de forma a protegerem, realmente, os interesses de toda a humanidade e não só a propriedade privada de uns quantos e as regalias sociais de outros, ou dos mesmos. E então, como um bloco, seremos uma humanidade feliz!
Sim, eu acredito nisso e por essa razão escrevo.
Donald Hebb diz que “Sinapses que disparam juntas, se mantém juntas“. É fácil de se entender porque, a verdade é que sempre repetimos caminhos que, mais ou menos conscientemente, nosso cérebro, nós, experimentamos, aprendemos e nos sentimos seguros e mais, esses caminhos repetidos se tornam mais curtos, mais diretos e por isso, serão acessados inconscientemente. É assim que se explica esse processo, segundo Hebb: “O princípio é simples: em todo o seu cérebro há uma coleção de sinapses (responsáveis por transmitir as informações de uma célula para outra) separadas por espaços vazios chamados de fenda sináptica. Sempre que você tem um pensamento, uma sinapse dispara uma reação química através da fenda para outra sinapse, construindo assim uma ponte por onde um sinal elétrico pode atravessar, carregando a informação relevante do seu pensamento durante a descarga. (…) toda vez que essa descarga elétrica é acionada, as sinapses se aproximam mais, a fim de diminuir a distância que a descarga elétrica precisa percorrer (…) o cérebro irá refazer seus próprios circuitos, alterando-se fisicamente para facilitar que as sinapses adequadas compartilhem a reação química e, tornando mais fácil para o pensamento se propagar.”
Esse conhecimento, de como funciona nosso cérebro, é muito importante pois, nos possibilita, com maior ou menor esforço, fazer as mudanças internas que consideramos necessárias como, por exemplo, adotar uma atitude positiva perante a vida. Sim, porque o costume, pode-se dizer até, a mania, de reclamar de tudo e todos, enfim, também faz um mal danado para a nossa saúde. Isso nos afeta bioquimicamente, sabia? Não só provoca mal estar emocional como também, desgaste físico pelo esforço que fazemos para assimilar e conviver com energias negativas, nossas ou alheias.
Você já percebeu, com certeza, o quanto é desgastante conversar com quem só reclama, fala mal dos outros ou expressa sentimentos negativos, não? Tenho certeza de que já percebeu sim porque, aquela canseira que dá depois de um evento desses não é natural, e muito menos agradável. Estressa, e muito. E o estresse, a gente já sabe, pode até matar.
É muito difícil uma pessoa não perder energia quando está em contato com a negatividade expressa. Isso acontece devido à empatia (capacidade humana de colocar-se no lugar do outro, que gera sentimentos como compaixão e solidariedade) e a ação dos “neurônios espelho“, que são especializados em simular situações alheias como se fosse da pessoa que as vê, ou ouve (sobre neurônios espelho, recomendo a leitura deste texto aqui).
É preciso ser proativo na positividade. Não basta você pensar positivo dentro da sua bolha enquanto em volta de você o mundo de tantos se despedaça todos os dias. É importante, sim, que tenhamos momentos de bolha, mesmo porque ainda é esse o único jeito de respirarmos e nos recompormos de toda a pressão externa. Alguns lhe chamam “caixinha do nada”, outros “meditação”, outros ainda, “estar em comunhão com Deus” – sim, é necessário mas, não é tudo.
Porque nós, seres humanos, seres sociais, precisamos viver em comunidade, em comunhão com nossos pares, amigos, vizinhos, família, e ativos na expressão da nossa cultura. E isso não é possível quando ficamos na bolha. Por isso, tente, consiga, exercer seus pensamentos positivos no dia a dia, em todos os momentos. Você verá que, no começo, é difícil mas, insistindo, o cérebro, pouco a pouco, construirá outros caminhos de sinapse e a ação positiva se tornará suave, simples, direta e até inconsciente. Mas, enquanto a ação inconsciente não acontece, escreva um letreiro, grave um áudio, amarre uma fita colorida num dos seus dedos, enfim, faça qualquer coisa para se lembrar, sempre, de pensar positivo, falar agradável, olhar colorido, sorrir com a alma, cantar com o coração, sentir com o Universo todo. E seja feliz!
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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