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Cercada de peculiaridades, a gestação é um dos maiores períodos de mudança na vida de uma mulher. São enjoos, dores, transformações corporais, oscilações de humor. Um dos sintomas mais recorrentes na gravidez, a tontura, costuma ser benigna e acompanhar algumas grávidas durante todo o processo de desenvolvimento do bebê; no entanto vale ficar de olho, pois, principalmente, quando acompanhada de outros sinais, pode indicar algo mais sério.
Por isso saiba agora tudo sobre a tontura na gravidez em cada trimestre, o que fazer para minimizar esse desconforto e quando ela deve ser motivo de preocupação.
O corpo da mulher passa por muitas mudanças no decorrer da gestação, e o organismo, evidentemente, responde a isso. O aumento dos hormônios no corpo, por exemplo, está por trás das vertigens sentidas pela grávida, bem como a queda dos níveis de glicose, da própria pressão arterial e também a pressão que o útero faz nos vasos sanguíneos, no fim da gravidez.
O aumento dos hormônios progesterona e estrogênio no organismo da mulher são responsáveis, em parte, por uma alteração considerável na pressão arterial. Quando ela cai, é comum a sensação de tontura. Além disso, a dinâmica da gestação demanda que a mulher se alimenta muito bem, consumindo os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento do feto, caso contrário os níveis de açúcar no sangue podem cair, resultando na famosa vertigem.
Essa tontura de início de gestação costuma ser mais frequente no período da manhã. Para minimizar esses episódios é importante que a grávida levante devagar, de lado, espere um pouco e somente depois fique de pé. Para manter os níveis de sangue equilibrados, é essencial comer bem, de três em três horas, e sempre ter um lanche nutritivo na bolsa, quando sair.
Apesar do impacto das mudanças hormonais e do alto valor nutricional que o organismo demanda influenciarem nas vertigens, a grávida tende a sentir mais tontura, no segundo semestre. É nessa fase que as quedas na pressão arterial ficam mais acentuadas, em parte por que o crescimento da placenta influencia a irrigação uterina, reduzindo a pressão local e, consequentemente, a pressão como um todo.
Além disso, as prostaglandinas produzidas durante a gestação também causam queda na pressão. Por fim, a sensação de calor, algo muito comum entre as grávidas, também podem estar por trás desses episódios de tontura.
No terceiro trimestre de gestação, há ainda um novo fator que pode influenciar na maior recorrência de tonturas: a pressão que o útero exerce sobre os vasos sanguíneos também provoca essa sensação de vertigem e mal-estar. Para minimizar esses sintomas, é importante que a grávida repouse bastante, principalmente, durante os episódios de tontura. Só assim a sensação vai embora mais rapidamente. Elevar as pernas ao deitar com auxílio de almofadas também é um recurso útil para melhorar a circulação sanguínea como um todo.
As tonturas em si podem representar um risco para a saúde da grávida e do feto, na medida em que favorecem quedas, que podem ser perigosas e até mesmo fatais. Por isso no final da gestação as tonturas devem ser vistas com muita cautela. Medidas como repousar nos episódios costumam ser efetivas, mas algumas vezes, é necessário uma investigação maior a respeito desse sintoma.
A tontura na gravidez é, geralmente, benigna, e faz parte de todo processo gestacional. No entanto, vertigens e mal-estares frequentes podem indicar um quadro de anemia, quando os níveis de ferro no sangue diminuem causando essa sensação. Por isso é importante que a grávida faça todos os exames e relate esses episódios de tontura ao obstetra, para que ele saiba se é ou não necessário se preocupar com isso.
É essencial também verificar se a tontura vem acompanhada de outros sintomas, como dores de cabeça e visão embaçada, que podem indicar problemas mais sérios na saúde da grávida.
TONTURA → CAUSAS E REMÉDIOS CASEIROS [ MESMO NA GRAVIDEZ ]
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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