Síndrome de Guillain-Barré e Zika vírus andam pelos mesmos lugares


Síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune que pode ter seu gatilho na infecção por Zika vírus – esse é o tema da pesquisa que o mundo todo faz mas, por enquanto… só conjecturas.

A Organização Mundial da Saúde – OMS em seu relatório divulgado no sábado passado, informa que a ocorrência da Síndrome de Guillain-Barré – SGB – aumentou em 5 países – Brasil, Colômbia, El Salvador, Suriname e Venezuela – e existem fortes indícios de que este fato esteja relacionado com o aumento do zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

A simultaneidade dos contágios por zika vírus, dengue e chikungunya com os novos casos de SGB nos citados países é uma das constantes que vem se verificando nesta situação já considerada epidêmica e que leva a OMS a pesquisar a possibilidade do zika vírus também poder ser o fator desencadeante desta doença autoimune. Porém, esta não é ainda uma afirmativa oficial já que não há, ainda, confirmação laboratorial da presença de zika vírus em pacientes de SGB em dois dos países atingidos – Colômbia e El Salvador, apresentam SGB sem contágio de zika.

A diretora-geral assistente da OMS, Marie-Paule Kieny, declarou que: “Temos mais algumas semanas para ter certeza de demonstrar causalidade, mas a ligação entre Zika e síndrome de Guillain-Barré é altamente provável.”

O que é a Síndrome de Guillain-Barré?

Guillain-Barré é uma síndrome que assusta muito e que pode, inclusive, matar. Esta é mais uma doença que afeta o sistema imunológico, que se caracteriza por ser uma inflamação aguda do sistema nervoso, onde ocorre perda da mielina, a membrana lipídica e proteica que envolve os nervos, facilitando a transmissão dos estímulos nervosos.

Quando falta a tal “bainha de mielina”, as dores se instalam, os músculos enfraquecem, os movimentos se perdem, os reflexos se confundem. Nessa confusão que se instala no corpo humano afetado pela síndrome de Guillain-Barré, pode ocorrer paralisia de alguns músculos importantes, como os relacionados com a deglutição e a respiração, inclusive com risco de parada respiratória. Outras ocorrências podem prejudicar também o sistema nervoso autônomo levando a variações da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, arritmia, transpiração excessivas e perda do controle vesical e intestinal.

O relatório da OMS reporta também que na SGB ocorrem casos fatais em 3 a 5% dos doentes, independentemente das condições de tratamento, em decorrência de complicações como paralisia dos músculos que controlam a respiração, infecção sanguínea, coágulos pulmonares e parada cardíaca.

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Fonte: http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRKCN0VM0K6




Redação greenMe

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