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Quem nunca pensou em ser hipocondríaco? Aquele receio de ter alguma doença grave? Mas até que ponto esse receio pode ser normal? Vamos saber um pouco mais sobre o que é hipocondria?!
É coisa de quem “procura chifre na cabeça de cavalo”, apesar de parecer bobagem, hipocondria é um estado psíquico que pode ser grave quando prejudica muito a vida das pessoas que vivem nesse estado.
É normal que às vezes a gente se preocupe com a nossa saúde, às vezes um pouco demais e até com fundadas razões mas, a pessoa diagnosticada hipocondríaca crê (sem nenhuma razão específica) de haver doença grave, de estar à beira da morte, de apresentar sintomas, defeitos, problemas físicos não reais ou exagerando tudo a um nível insuportavelmente doentio, psíquico.
A hipocondria pode estar associada ao transtorno obsessivo-compulsivo e à ansiedade e se observa em pessoas que vivem atrás de médicos, exames, hospitais para se consultarem mil vezes em busca de encontrar razão para sua infundada loucura, ou seja, encontrar doenças graves que lhe assegurem que não é hipocondria, é sim doença, séria e real!
E muitas são as pessoas que, apesar de estarem tudo ok com suas saúdes, continuam procurando doenças. São os conhecidos maníacos por doenças.
Embora tudo esteja na mente, a hipocondria pode revelar sintomas físicos como:
Praticamente o hipocondríaco pode sentir os sintomas físicos das doenças por ele imaginadas, e que absolutamente não existem.
O sintoma que distingue um “preocupado normal com a saúde” de um hipocondríaco é que o hipocondríaco ao receber o diagnóstico do médico de que “está tudo bem com você, você não tem nada, fique tranquilo”, o hipocondríaco acredita que o médico é incompetente, não olhou direito os exames e começa uma busca sem fim para encontrar quem dê razão à sua cisma.
Além disso, também é sintoma falar demais sobre doenças, falar somente disso, ficar pesquisando sobre o tema e ficar monitorando o próprio corpo em busca de sinais físicos que indiquem doenças.
Apesar de ser muito subjetivo, como em todas os distúrbios mentais, o estado psíquico da hipocondria é diagnosticado com base no histórico do paciente.
A sua crença em doenças deve ser injustificada, sem base científica que a apoie, deve ser prolongada no tempo, ou seja, persistente por mais de 6 meses e deve ser fundada em pelo menos dois tipos de doenças graves, segundo a classificação internacional de doenças.
Também se configura hipocondria “a preocupação persistente com uma deformidade ou desfiguração presumida (dismorfofobia).”
A preocupação com as doenças passa a prejudicar o dia a dia da pessoa, que começa a viver para encontrar suas doenças, sentindo os sintomas destas e desacreditando em todos os médicos e profissionais de saúde.
A hipocondria apesar de poder estar associada a outras doenças, não deve ter seu sintoma básico (o medo infundado em doenças) relacionado aos transtornos da ansiedade, síndrome do pânico, depressão e outros distúrbios ou transtornos mentais.
Sim, existem vários tratamentos que ajudam e até resolvem a questão, dependendo do paciente.
É preciso buscar o que leva a pessoa a ser hipocondríaca para tentar encontrar a melhor solução para o distúrbio. Nesse sentido, a psicanálise é muito indicada pois é um método que investiga as causas primárias (inconscientes) que podem ter desencadeado o distúrbio, ajudando o paciente a entender e a saber lidar melhor com a sua questão.
Terapias cognitivo-comportamental – uma forma de psicoterapia – e medicamentos usados no tratamento da ansiedade e depressão (como por exemplo a fluoxetina e paroxetina) são os métodos mais usados para o tratamento da hipocondria com alguns resultados na contenção da preocupação, obsessão, ansiedade, etc.
O tratamento ideal vai depender do histórico do paciente e somente poderá ser recomendado por um médico ou especialista em saúde.
Muitos são os tratamentos naturais que podem vir ao encontro dos tratamentos farmacológicos (se prescritos pelo médico clinico-geral ou psiquiatra) ou mesmo dispensar o uso destes.
São eles as atividades que ajudam a pessoa a se autoconhecer, a relaxar, a ser mais confiante etc.
Entre os tratamentos naturais, a psicoterapia ou a psicanálise são métodos naturais, mas também podemos incluir como alternativas a yoga, a meditação, os florais de Bach, até a acupuntura, tudo vai depender do aconselhamento médico ou psicológico.
Tratamentos naturais feitos à base de plantas e ervas medicinais também podem ser recomendados após consultar um fitoterapeuta competente.
A primeira coisa é se perguntar se realmente o medo por doenças não estaria passando dos limites, atrapalhando a vida normal da pessoa, o trabalho, a escola, a vida social.
Se sim, o segundo passo é buscar ajuda profissional para tentar entender o que causa este medo.
As causas podem vir desde uma preocupação exagerada dos pais com relação às saúde dos filhos, assim como ter crescido com pais negligentes. Podem vir de uma vontade de chamar a atenção para ter sempre alguém por perto. A causa também pode ter base em fatores hereditários e ou vir de traumas familiares (mortes na família, convívio com doentes graves em família, etc).
Pode acontecer com qualquer um de nós e portanto a hipocondria deve ser levada a sério e tratada com todo respeito. Quem mais, quem menos, um dia na vida apresentará medo da morte ou medo de ficar doente, mas isso não deve se transformar em obsessão, afinal, viver bem, é viver tranquilo.
Hoje em dia a hipocondria acaba sendo de certa forma “estimulada” por conta do fácil acesso às informações na internet. É legal ter acesso a dados e até a estudos científicos, publicações médicas a respeito de tudo quanto é doença, mas é preciso ter cuidado e saber filtrar as informações. Existe até um termo usado para isso, a cibercondria. Pessoas ansiosas podem encontrar na internet sintomas do que sentem como sendo iguais aos de doenças graves como câncer, diabetes, etc. É preciso, antes de cair em pânico imaginando loucuras, consultar e confiar o diagnóstico a um profissional competente.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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