A dengue continua firme na regiões mais quentes e úmidas do nosso país e o seu combate recrudesce agora no verão. Também o surto de microcefalia vem preocupando cada vez mais e, ao que parece, as autoridades sanitárias atribuem ao surto o mesmo vetor da dengue, ou seja, o mosquito Aedes aegypti.
Muito se tem discutido sobre o que, na verdade, vem causando o aumento dos casos mortais de dengue e, é evidente que os governos (municípios, estados e federação), devem travar uma batalha muito difícil com o Aedes aegypti, um mosquito muito bem adaptado à vida urbana e difícil de combater.
Soluções ecológicas são sempre vindas, aliás, são fundamentais já que a quantidade de mosquitos existentes nas cidades brasileiras deriva diretamente dos desequilíbrios ambientais provocados pelo ser humano – águas paradas, lixo acumulado, uso de agrotóxicos que extermina os insetos benéficos como as libélulas, o mono-cultivo que destrói o equilíbrio biológico necessário a que vetores e seus predadores controlem suas populações.
Uma das soluções mais usadas, a fumaça de inseticida, ou “fumacê“, além de não ser tão eficaz acaba fazendo efeito contrário ao aumentar a resistência dos mosquitos aos produtos químicos usados no veneno aplicado.
Além dos peixinhos comedores de larvas do Aedes, que podem ser criados nas valas, lagoas urbanas e reservatórios de águas, também podemos recorrer ao aumento das populações de outros animais importantes como as rãs, sapos e libélulas.
Em alguns municípios brasileiros têm-se buscado o incremento das populações de libélulas pelo plantio de crotalária, uma leguminosa que dá uma vistosa flor amarela e que é reconhecida por atrair as populações de libélulas e outros insetos, antagonistas dos mosquitos Aedes. Esta não pode ser considerada uma solução para a questão da dengue mas, com certeza, é um bom paliativo, especialmente se combinada com a busca real do equilíbrio ecológico nas cidades.
A flor da crotalária atrai tanto mosquitos quanto libélulas. Os dois tipos de insetos põe seus ovos em águas relativamente limpas mas, o interessante é que as larvas da libélula se alimentam das larvas dos mosquitos. Por outro lado, a libélula adulta, que é uma grande caçadora, se alimenta dos mosquitos adultos comendo, diariamente, até 15% do seu peso.
A planta é a aposta de Uberaba-MG no combate à dengue e quem quiser uma muda dela, pode entrar em contato o Horto Municipal, que fica na Rua João Nascimento, no Bairro Jardim Triângulo, das 8h às 18h.
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Fonte foto: wikipedia
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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