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A depressão é um assunto muito mais sério – e recorrente – do que podemos imaginar. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 350 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem com a doença ao redor do mundo. E não conhecemos o suficiente a respeito. O portal Collective Evolution trouxe olhares “alternativos” à forma usual de enxergar a depressão. Abaixo, as principais ideias:
Um estudo publicado no periódico Medical Hypothesis coloca que, assim como as taxas de depressão crônica estão em rota ascendente, também têm se ampliado os tratamentos. Mas o estudo afirma: a eficácia desses tratamentos – pautados, principalmente, pelo uso de antidepressivos – está caindo. Na verdade, evidências levantadas nessa e em outras publicações vêm indicando que o uso persistente de medicamentos tem um efeito “pró-depressão” em alguns indivíduos, no longo prazo.
Por trás dessa complexa palavra, está um princípio simples: você pode, literalmente, reconfigurar o seu cérebro com o poder da mente. Já comentamos sobre isso no texto sobre a meditação da atenção plena. A neuroplasticidade é a propriedade do cérebro de ser flexível e maleável. Isso permite que, através de nossos pensamentos, emoções e percepções, possamos forçar o surgimento de novas conexões e alterar a sua estrutura. Especificamente para a depressão – e outros transtornos psicológicos –, a neuroplasticidade tem se mostrado útil ao mostrar que o pensamento positivo, quando estimulado e reforçado, pode fortalecer áreas do cérebro associadas a sentimentos positivos. Está dentro de nós, portanto, uma das ferramentas mais potentes para o tratamento dessas doenças!
No entanto, um ponto de atenção se faz necessário. A depressão não se limita a questões biológicas e psicológicas. Envolve variáveis muito mais amplas. Criamos uma forma de experimentar o mundo que nos aproxima, em uma analogia extrema, a máquinas com procedimentos e rotinas muito bem estabelecidos. Trabalhamos, o que toma a maior parte do nosso dia; procuramos formas de entretenimento e substâncias químicas que nos sequestrem desse cotidiano maçante; e, no fim, passamos os dias clamando para que o final de semana venha nos libertar. E isso vai além da vida adulta. Assim que entramos na escola, já há certas especificações técnicas que temos que adquirir ao longo dos anos para atingir o chamado “sucesso”, que nos é vendido insistentemente.
Essa visão, que pode parecer apocalíptica demais, tem o único propósito de nos alertar – afinal, não queremos tornar realidade o mundo descrito por Aldous Huxley em seu Admirável Mundo Novo. Então, temos que descobrir como aprimorar nossa experiência no tempo finito que nos foi dado; como nos manter próximos daquilo que nos inspira, que ativa nossas paixões e sonhos e que nos direciona para a tão almejada felicidade.
Todos estamos sujeitos a esbarrar, vez ou outra, em estados de insatisfação. Não há receita para desviar deles, nem fórmulas prontas para a felicidade. Mas alguns estudiosos vêm buscando encontrá-las. Algumas de suas teorias estão no documentário Happy, que pode ser assistido no Netflix; e também no portal Gluck, criado por dois jornalistas brasileiros que partiram em um ano sabático com um único propósito em mente: estudar a felicidade.
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Fonte foto: freeimages
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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