Estudo publicado no dia 23 na revista The Lancet, revela que as alterações climáticas ocorridas nos últimos anos, e que devem piorar nos próximos se nada for feito, pode comprometer todos os avanços conquistados na área da saúde humana até os dias de hoje.
O estudo é de autoria de cientistas europeus e chineses, que classificam o risco para a saúde resultante do aquecimento global, tem sido subestimado. “As alterações climáticas constituem emergência médica e, portanto, requerem resposta urgente”, afirmou Hugh Montgomery, diretor do Instituto para a Saúde Humana do University College London (UCL).
O estudo criou dez recomendações para serem seguidas nos próximos cinco anos, com o intuito de reduzir os riscos que, as projeções futuras da pesquisa, consideram como inaceitavelmente elevado e potencialmente catastrófico para a saúde humana.
1. Investir em pesquisas sobre saúde pública, monitoramento e vigilância para compreender as mudanças climáticas e poder se adaptar às alterações na saúde.
2. Financiamento em larga escala para sistemas de saúde voltados para as mudanças climáticas no mundo inteiro. Os países doadores devem ser os responsáveis pelas medidas de apoio que reduzam os impactos das mudanças climáticas, permitindo que os países mais pobres, tenham condições de tratar seus doentes.
3. Proteger as saúdes cardiovascular e respiratória garantindo uma rápida transição da energia gerada por carvão por uma energia limpa e renovável. Atualmente existem 2.200 usinas no mundo movidas a carvão e outras devem surgir ainda.
4. Incentivar a transição para cidades que apoiam e promovem estilos de vida saudáveis para o indivíduo e para o planeta.
5. Estabelecer um quadro forte e um mecanismo internacional para os preços de carbono.
6. Expandir rapidamente o acesso à energia renovável à população de baixa renda, como a instalação de tecnologia para captação de energia solar.
7. Dar suporte ideal para os tipos de doenças, reduzir os custos dos cuidados com a saúde e reforçar a produtividade econômica associada à mudança climática, são conceitos que só serão eficazes quando combinados com a capacidade dos governos locais de optarem pelo desenvolvimento de uma economia de baixo carbono.
8. Adotar mecanismos para facilitar a colaboração entre o Ministério da Saúde e os outros ministérios e departamentos do governo, capacitando profissionais da saúde e clima em um trabalho integrado e visualizando as alterações de saúde por conta das alterações climáticas.
9. Concordar e apoiar um acordo internacional que apoie países em transição para adoção de uma economia de baixo carbono e desenvolvimento sustentável.
10. Desenvolver uma nova contagem regressiva, independente até 2030: Saúde Global e Ação Climática para fornecer conhecimentos na execução das políticas que atenuem as alterações climáticas e promover a saúde pública, e para monitorar o progresso ao longo dos próximos 15 anos.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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