O tratamento contra a malária ganhou um importante aliado neste ano de 2015. A equipe científica do microbiólogo Stephen Rich, da Universidade de Massachusetts Amherst, anunciou um novo tratamento contra a doença baseado em uma planta de nome científico Artemisia annua, mais conhecida como losna. Da losna é possível extrair o principal ingrediente na confecção de remédios para a malária, conforme publicou a revista “Proceeding of the National Academy of Sciences“.
A doença prevalente nos países de clima tropical e subtropical, a malária é transmitida pelo mosquito anofelino (Anopheles), muito parecido com o pernilongo que sempre pica as pessoas, principalmente em regiões de mata extensa.
A descoberta foi fundamental, pois o parasita responsável pela enfermidade desafia médicos, servidores da saúde pública e cientistas nas tentativas de tratar a malária e acabar com sua mortalidade (que pode ultrapassar um milhão de vítimas por ano) devido a sua alta capacidade de desenvolver resistência aos medicamentos utilizados no tratamento.
Felizmente, a losna pode mudar isso. Os estudos mostraram que a aplicação direta da planta é três vezes mais efetiva do que as doses de remédios com artemisina, medicamento padrão no combate à malária no mundo inteiro. E mesmo que a dose de artemisina fosse dobrada, a planta, ainda assim, continuaria duas vezes mais eficaz.
Assim o tratamento com a planta losna pode superar a evolução da resistência do parasita, aumentando o tempo de eficiência do tratamento até a cura do paciente.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas Rich e sua equipe testaram a planta e os remédios tradicionais em dois dos cinco tipos da doença em roedores, sendo que um deles se parece muito com o Plasmodium falciparum, o mais mortal dos parasitas da malária em humanos, e concluíram que, no futuro, a planta seja usada como substituto no tratamento em relação a fármacos devido a eficácia superior e ao baixo custo em relação aos medicamentos baseado em artemisina.
Essa é uma notícia por conta do estudo da Organização Mundial de Saúde, cuja estimativa afere na possibilidade de 3,2 bilhões de pessoas correrem o risco de contrair malária, incluindo o Brasil, principalmente no estado do Amazonas, responsável por 98% dos casos daqui, e no fato de que as regiões tropicais mais afetadas ficam em países subdesenvolvidos e do Terceiro Mundo, carentes em recursos financeiros para arcar com o tratamento contra a malária.
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Fonte foto: wikipedia.org
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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