Um vírus, e não uma guerra, matará milhões de pessoas, disse Bill Gates em uma conferência realizada em 2015. Nela, o líder da Microsoft alertou para as grandes chances de o mundo viver uma pandemia – e para o quão despreparados estávamos para enfrenta-la.
O vídeo, publicado no canal do TED no YouTube em abril daquele ano, já acumula mais de 7.150.000 visualizações. Um número que só tende a aumentar nos próximos dias.
A fala de Bill Gates se referia à experiência com o surto de Ebola, ocorrido no ano anterior, mas projetava um cenário aterrador para o futuro.
“Quando eu era criança, o desastre que mais nos preocupava era uma guerra nuclear”, diz ele, depois de entrar no palco com um barril no estilo dos que costumavam ser armazenados nos porões dos americanos, cheios de comida e água, durante a Guerra Fria.
Mostrando a foto de uma explosão atômica, Gates anunciou na época: “hoje, o maior risco de catástrofe global não se parece com essa imagem”. E, exibindo, na sequência, uma arte gráfica do vírus influenza, arrematou: “Na verdade, é assim”.
“Se algo matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, é mais provável que seja um vírus altamente contagioso e não uma guerra. Não mísseis, mas micro-organismos. Um dos motivos para isso é que temos investido grandes quantias em estratégias nucleares, mas investimos muito pouco em um sistema que detenha uma epidemia. Não estamos prontos para a próxima epidemia. Vejamos o Ebola […] Se analisarmos o que aconteceu, o problema não foi que havia um sistema que não funcionou bem o suficiente. O problema foi que nós não tínhamos sistema nenhum”, afirmou Gates, detalhando as falhas ocorridas no surto de 2014.
O argumento central do bilionário da Microsoft – que hoje, por meio de sua Fundação, investe cifras vultosas em pesquisas relacionadas à área de saúde – era que a estrutura do combate às epidemias deveria emular o aparato militar existente, em diversos sentidos: capacitação permanente de pessoal, contingente de profissionais capacitados que podem ser acionados a qualquer momento, investimento em pesquisa e logística são uns dos exemplos.
“Podemos ter ferramentas, mas elas precisam ser colocadas num sistema geral de saúde global, e precisamos nos preparar”.
Outra ênfase de Bill Gates se referia à importância de fortalecer a infraestrutura sanitária dos países mais pobres, destacada por ele como o primeiro fator-chave em uma estratégia de combate global:
“Precisamos de sistemas de saúde forte em países pobres”, pontuou.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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