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Já faz algum tempo que é moda depilar completamente os pelos pubianos ou depilá-los bastante no Brasil. Aliás, o país é conhecido internacionalmente por essa estética pubiana. Muitos países, no exterior, oferecem a chamada “depilação brasileira”. Mas você sabia que a quantidade de pelos pubianos está relacionada com questões de saúde?
Uma recente pesquisa, feita pela Universidade da Califórnia (EUA) e publicada na Sexually Transmitted Infections, sugere que tanto homens quanto mulheres que se rendem à depilação total dos pelos pubianos correm maior risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) do que pessoas que não o fazem com regularidade ou que são adeptas de mais volume capilar na região, conforme noticia a BBC.
A causa estaria relacionada com os ferimentos na pele provocados pela retirada dos pelos, seja com lâmina, seja com cera, o que poderia facilitar o surgimento de infecções.
Participaram da investigação cerca de 7,5 mil americanos adultos. Entre os homens, a maioria faz uso de barbeador elétrico para depilar os pelos pubianos, enquanto as mulheres preferem a lâmina.
Os médicos que realizaram a pesquisa afirmam que os adeptos desse tipo de procedimento depilatório costumam ter uma vida sexual mais ativa e, apresentam, portanto, um comportamento sexual de maior risco. Entretanto, essa parece ser uma visão bastante estereotipada acerca dos gostos estéticos de quem faz depilação total, além de não levar em conta questões culturais.
17% dos participantes declararam depilar completamente os pelos pubianos uma vez por mês, 22% afirmaram usar a técnica com muita frequência, diariamente ou uma vez por semana.
Os participantes com o hábito de retirar totalmente os pelos têm uma chance entre três e quatro vezes maior de contrair uma DST e, sobretudo, as infecções que se dão através do contato com a pele, como herpes e HPV.
Mas existe um lado bom nessa história. Quem é adepto da depilação é menos suscetível a contrair chato, um tipo de piolho que ocorre na região pubiana.
Estudos anteriores já haviam confirmado os riscos da remoção absoluta dos pelos pubianos, uma da Academia Espanhola de Dermatologia em Barcelona e a outra do Health Center da Western Washington University. Ambas demonstraram os riscos de contrair fungos, herpes, o vírus do papiloma humano (HPV), verrugas genitais e sífilis.
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Os pesquisadores concluíram no relatório da pesquisa que as pessoas devem diminuir a frequência com que depilam os pelos pubianos e adiar manter relações sexuais após fazerem uso da técnica, até que a região esteja totalmente curada das feridas que o procedimento causa.
Pelo menos pode-se aparar os pelos? A resposta é sim, mas os pesquisadores salientam que é importante deixar uma quantidade suficiente na área central da púbis para mantê-la protegida. Já a depilação na região lateral provoca menos riscos de infecção.
Será que a moda de deixar os pelos pubianos crescerem pega aqui no Brasil? Eu acho que não.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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