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Pode parecer estranho um artigo com o título “perguntas ainda sem respostas”, mas quando se trata do novo coronavírus, é importante saber o que ainda não tem comprovação, para não correr o risco de acreditar em notícias falsas.
Em se tratando de um vírus relativamente novo, é difícil para pesquisadores e cientistas afirmarem como ele funciona, bem como se podemos contrair mais de uma vez ou se ficamos imunes ao contrair… Essas e outras dúvidas pairam nas cabeças das pessoas e, infelizmente, muitas destas se agarram às mentiras ditas, apenas para satisfazer a necessidade de se ter certeza de tudo.
Por isso, falar sobre o novo coronavírus requer muito cuidado e isso os especialistas têm de sobra só pelo fato de não afirmarem “com certeza absoluta” algum dado novo que descobrem sobre a doença.
De acordo com a BBC News Brasil, as principais dúvidas relacionadas à Covid-19 são sobre a imunidade. Por isso, vamos às perguntas mais comuns sobre este e sobre outros aspectos da doença, com uma breve explicação do porquê as respectivas respostas para muitas perguntas ainda não existem.
O nosso sistema imunológico é a arma natural que temos contra invasores patógenos que tentam nos debilitar, mas esse sistema não é específico para o novo coronavírus. Precisamos de uma resposta imune adaptativa a ele, que é quando as células produzem anticorpos direcionados que podem aderir ao vírus para interromper a sua multiplicação, bem como das células T que podem atacar apenas as células infectadas pelo vírus.
O prazo para o corpo começar a produzir tais anticorpos é de cerca de 10 dias, de acordo com alguns estudos. Caso a resposta imune adaptativa seja forte o suficiente, poderá ser criada uma memória duradoura da infecção, a qual irá proteger futuramente.
Ou seja, tudo indica que se a pessoa tiver sintomas leves ou nenhum sintoma, pode ser que não desenvolva essa resposta imune suficiente. Mesmo assim, não há comprovação científica sobre isso. O que se sabe hoje é que: todos os pacientes curados desenvolveram anticorpos.
Apesar de existirem relatos de pessoas que pegaram coronavírus mais de uma vez, o consenso científico diz que o problema pode estar relacionado com os testes. Isso porque ninguém, além de macacos, foi reinfectado para testar a imunidade.
Virologistas e infectologistas estão estudando o fato de alguns indivíduos terem níveis mais altos de anticorpos com a doença e, possivelmente tornarem-se resistentes à uma nova infecção.
Contudo, nem todos os anticorpos se comportam da mesma forma. Os que aderem ao coronavírus e são capazes de impedir a infecção de outras células são os neutralizantes. Apesar deles estarem no corpo, se a quantidade for baixa não dará conta da imunização e, embora tenha os anticorpos, isso não significa que não possa retransmitir o vírus.
Além de tornar qualquer doença menos perigosa, a imunidade determina quantas vezes será contraída e o tempo que levará para sair dela. No entanto, isso varia muito de pessoa para pessoa e não temos como saber ao certo quem é mais ou menos suscetível à doença.
Por esse motivo é tão importante manter o confinamento. Isso dará tempo para os pesquisadores desenvolverem não só a vacina apropriada, mas também de saber a melhor forma de evitar a propagação do vírus.
Além das perguntas relacionadas à imunidade, dúvidas sobre a origem do vírus, comportamento em altas temperaturas e até mesmo se ele é transmitido pelo sexo, estão na lista das dúvidas ainda não esclarecidas sobre a Covid-19.
O site UOL publicou algumas delas e, já que não temos ainda as respostas, vamos saber o que dizem os médicos, biólogos e pesquisadores entrevistados sobre o assunto.
Sabemos que o primeiro caso de Covid-19 aconteceu em um mercado de animais vivos em Wuhan, província da China, mas os pesquisadores não conseguiram confirmar ainda como essa pessoa contraiu o vírus. O que eles sabem é que o Sars-Cov-2 é similar ao coronavírus de morcegos. No entanto, até hoje não houve nada que pudesse ser documentado para comprovar essa teoria.
Já nos casos de Mers e Sars, sabe-se que houve um intermediário entre humanos e morcegos, mas não se sabe qual animal especificamente fez essa intermediação.
Um estudo confirmou a impossibilidade de o novo vírus ter sido criado ou modificado em laboratório. Mas os Estados Unidos estão investigando a possibilidade de o Sars-Cov-2 ter escapado, por acidente, de um laboratório de Wuhan.
Além de secreções respiratórias, sabe-se que o vírus pode estar presente no sangue e nas fezes, mas isso não quer dizer que a contaminação foi por transmissão fecal oral, segundo os especialistas. A única coisa que eles alegam é que não há evidências de que secreções anais, vaginais ou penianas transmitam o novo coronavírus.
Tirar o sapato ao entrar em casa é uma medida de efetiva higiene, mas não só por causa do coronavírus e nem só pela sola do sapato, mas sim por causa da parte superior do mesmo. Isso porque as gotículas contaminadas podem cair na superfície do calçado (mas para ser infectado, é preciso que estas gotículas contamidas sejam de alguma forma levadas ao olhos, boca ou nariz).
No caso do novo coronavírus, recomenda-se tirar os sapatos ao entrar em casa e, se possível, lavá-los para evitar contato com outros objetos da casa. O mesmo vale para as roupas e acessórios utilizados na rua, sem esquecer de lavar bem as mãos depois de manuseá-los ou mesmo tomar um banho para garantir a descontaminação.
Também para essa pergunta não há uma resposta precisa, mas os pesquisadores sugerem que altas temperaturas (acima dos 90ºC) sejam capazes de eliminar qualquer tipo de vírus, assim como ocorre nas esterilizações.
A única afirmação até o momento é a de que o novo coronavírus é mais adaptável a temperaturas mais baixas. Porém, vimos que mesmo no Brasil, que tem clima tropical, a propagação dele tem sido bem elevada. Então essa informação é meio duvidosa.
Estudos apontam que o coronavírus pode durar até quatro horas em superfícies de cobre, 24 em papelão, 48 horas em aço inoxidável e 72 horas em plástico.
Essa é outra questão impossível de ser respondida, visto que um jovem de 26 anos, praticante de atividade física, morreu pela doença, além de vários outros que morreram no decorrer dessa pandemia. Esse é mais um dos motivos pelo qual os médicos infectologistas dizem que é preciso estudar como o vírus se comporta.
Até o momento, não existe nenhum remédio ou vacina capaz de eliminar ou prevenir o novo coronavírus. Ou seja, a cura para a Covid-19 ainda não existe, mas os médicos, biólogos e pesquisadores de todo mundo estão estudando pesado para descobrir.
Por isso é tão importante evitar o contato com outras pessoas, bem como lugares que não sabemos se estão contaminados ou não. A melhor forma de prevenir a Covid-19 ainda é ficar em casa e manter a higiene pessoal lavando bem as mãos e utilizando álcool em gel.
Para se aprofundar ainda mais obre o tema, veja o vídeo abaixo da BBC, continue informado e #FiqueEmCasa
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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