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A melatonina é um hormônio produzido por nosso organismo após o pôr do sol, e que funciona diretamente relacionado com a quantidade de luz diurna que a gente recebe.
Nosso organismo tem um pico de produção de melatonina entre as 2 e as 4 horas da madrugada mas, para que isso aconteça devemos ter um ritmo constante de dormir e acordar – e para manter o ciclo circadiano em boa forma que recomenda “deitar cedo e acordar cedo” entendendo-se por cedo, respectivamente, os horários de 22 h e 6 h.
Essa produção muitas vezes é alterada pelas situações de estresse continuado que vivemos, ou também é dificultada em algumas patologias (excesso de um outro hormônio, a prolactina, por exemplo), ou mesmo quando você viaja e sofre de jet-lag (confusão do sono por atravessar fusos horários, hemisférios).
Pode ser possível reencontrar o caminho do bom sono tomando melatonina via oral como suplemento alimentar – há no mercado uma diversidade de apresentações para melatonina, desde doses baixas (0,5 até 5 mg) mas, se você quiser experimentar, deve antes consultar um médico e começar sempre com doses mais baixas. Lembre-se que cada “droga” tem sua dosagem certa para cada indivíduo.
A melatonina é produzida pelos seres vivos – animais, plantas e microorganismos – e os suplementos de melatonina têm variada origem. Ou seja, o hormônio é sintetizado a partir de uma origem viva.
Vamos aber mais sobre a melatonina, o que é e como funciona. Acompanhem conteúdo:
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A melatonina é um hormônio (N-acetil-5-metoxitriptamina) produzido por diversas plantas e animais. Nos animais mais evoluídos, ela é produzida e liberada pela glândula Pineal. É sintetizada a partir do triptofano (um aminoácido essencial encontrado nas proteínas) e a sua secreção depende dessa síntese, que é catalisada por outras enzimas distintas.
Sua principal função é a de regular o sono, mas acredita-se que ela também pode agir como reguladora em outras funções como na digestão alimentar, no fluxo, no dispêndio e no estoque de energia.
A melatonina também é considerada um antioxidante quando sintetizada em outros órgãos como pele e trato gastrointestinal.
Quando a insônia fica “um caso sério” e começa a atrapalhar a tua vida porque não ocorre de vez em quando, mas com muita frequência, já é mais do que tempo de você fazer alguma coisa para mudar a situação.
Insônia é quando a gente não consegue conciliar no sono – não consegue sequer entrar no primeiro estágio ou, por outro lado, acorda durante a madrugada, sem conseguir re-entrar no ritmo de descanso. Tem a ver com a desregulagem do ciclo circadiano, do descanso e vigília que, por sua vez, tem a ver com a produção de alguns hormônios. Dependendo do horário da noite em que a insônia acontece, especialmente se acontece na dificuldade em adormecer, costuma-se falar do tratamento com a melatonina.
Isso porque na maioria dos casos, a insônia é do tipo psicofisiológica, ou seja, existem fatores fisiológicos que nos predispõem a um sono mais leve, e fatores desencadeantes como preocupações, mudanças na vida, etc, além dos hábitos inadequados em relação ao sono (horário irregular de dormir, assisistir TV ou usar celular antes de dormir, ingerir à noite bebidas ou alimentos estimulantes, etc).
Os motivos que levam uma pessoa a sofrer de insônia podem ser vários. Além de poder estar ligada a problemas metabólicos hormonais, a depressão, a ansiedade e até a fibromialgia podem estar relacionadas à dificuldade em dormir. Também existe a insônia Idiopática que é causada sem nenhum motivo aparente.
Contudo, fica claro deduzir que somente um especialista pode investigar as causas da insônia e receitar o uso de melatonina para cada caso em particular.
A melatonina pode ajudar, e muito, mas isso dependerá das causas da insônia.
Além de ajudar nos casos de distúrbios do sono, a melatonina é ainda estudada para tratar outras doenças.
De acordo com algumas pesquisas científicas feitas nos últimos anos, a melatonina também tem aplicação na luta contra o câncer, porém tal efeito ainda não é suficientemente claro e esperamos mais pesquisas e esclarecimentos. No entanto, segundo um estudo de dezembro de 2013 publicado na Pub Med ficou explícito que a melatonina é capaz de induzir a morte de células cancerígenas em vários tipos de tumores (câncer de mama, gastrointestinal, hematológica, próstata, rim, etc). O que ainda não está claro é por qual mecanismo este hormônio induz a apoptose das células cancerígenas mas, se pensa que a melatonina possa apoiar o efeito de alguns dos fármacos convencionais.
Outro estudo interessante sobre os efeitos da melatonina foi publicada na PLoS ONE, em janeiro de 2014. Os investigadores observaram que, tanto in vitro como in vivo, esta substância é capaz de inibir a angiogênese (isto é, o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos) das células cancerosas mesmo em tumores muito agressivos.
Paolo Lissoni, oncologista que publicou vários estudos e foi premiado pelo National Cancer Institute, em Washington, pelas suas descobertas, afirma que ter obtido resultados surpreendentes com altas doses de melatonina aplicada em seus pacientes de câncer no Hospital San Gerardo, em Monza, terapia acrescentada aos outros os cuidados já habituais na sua prática hospitalar.
Por último e, não menos importante, para Luigi di Bella, quem primeiro usou a melatonina em altas dosagens para tratamentos de diferentes tumores, como lê-se aqui: “tomar 20 mg ou mais ao dia, distribuídos uniformemente ao longo do período, em comprimidos de 2 mg de melatonina, preferencialmente antes das refeições, promove uma concentração muito mais elevada à noite. Exemplo: 2 comprimidos de manhã, duas ao meio-dia e 6 à noite antes de ir para a cama”.
Se você estiver interessado nesta forma de usar a melatonina, leia o documento do Dr. Luigi Di Bella, onde fica clara a sua metodologia e justificativas científicas para o uso deste hormônio.
Outro médico italiano, Dr. Walter Pierpaoli, estudou durante anos os efeitos da melatonina e chegou a conclusões interessantes no que diz respeito aos benefícios que esta substância teria para os tratamentos que visam diminuir os problemas do envelhecimento.
O envelhecimento é um fenômeno natural e inevitável para todos nós. Como todos os órgãos e tecidos, também a glândula pineal é sujeita ao envelhecimento e à redução drástica das quantidades de melatonina que produz. A teoria de Pierpaoli, no entanto, afirma que, ao se fornecer melatonina ao organismo, a pineal pode descansar e manter a sua energia de forma a melhor regular todo o sistema hormonal.
De acordo com este médico a ingestão de uma determinada quantidade de melatonina (de 1 a 6 gr) durante alguns meses, pode trazer significativas melhorias aos parâmetros metabólicos e funcionais do paciente, reduzindo as alterações nas taxas de glicose, regulando as taxas de colesterol, equilibrando a pressão arterial, dentre outros e, aportando também benefícios para a fase de menopausa e outras doenças comuns aos idosos.
Mas, Pierpaoli recomenda que, para se aproveitar ao máximo os benefícios da suplementação com melatonina é preciso associar esta ao zinco e ao selênio, pois assim também se consegue o benefício de fortalecer o sistema imunológico e um incremento do seu efeito antioxidante.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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