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O coronavírus tem deixado o mundo em alerta.
Aqui no Brasil, as notificações estão aumentando, talvez, por temor, desinformação, cuidado. Até o momento, segundo o G1, o balanço das 33 notificações feito pelo Ministério da Saúde, referente ao período entre 18 e 29 janeiro, é:
Todos os exames para identificação dos casos têm sido feitos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Embora aqui no Brasil não haja a confirmação de nenhum caso do coronavírus, em vários países do mundo há uma corrida para encontrar uma vacina contra o vírus. Pesquisadores de Hong Kong dizem já tê-la desenvolvido, porém é preciso mais tempo para testá-la.
O microbiologista e professor da Universidade de Hong Kong (UHK), Yuen Kwok-yung, disse que a sua equipe isolou o vírus para investigar como produzir a nova vacina, como divulgou o jornal South China Moring Post. A partir de uma vacina contra gripe já previamente estudada, a equipe a modificou com parte do novo antígeno do coronavírus.
É protocolo que as vacinas passem por testes antes de serem comercializadas. Por isso, o cientista não informou precisamente quanto tempo será necessário para que a medicação seja disponibilizada, mas a previsão é de que tarde cerca de um ano até que possa ser aplicada em seres humanos.
Outros cientistas chineses e norte-americanos também estão investigando um meio de conter o coronavírus. Na China, o epidemiologista Li Lanjuan disse que que está trabalhando com uma vacina possa ser produzida em cerca de um mês, o que atenderia ao plano de urgência aprovado pelo Shanghai Eastern Hospital e pela Universidade de Tongji.
O CEO Li Hangwen, da empresa de biotecnologia Stemirna Therapeutics, sediada em Xangai, afirmou que não deve levar mais do que 40 dias para que as primeiras amostras da vacina sejam produzidas e testadas, a fim de que chegue à população “o mais rápido possível”.
Não demorou para surgirem nas redes sociais os conspiracionistas, ou seja, aqueles que, adeptos à teoria da conspiração, acreditam que há sempre uma segunda intenção por trás de tudo, por exemplo: “criam o vírus para desenvolverem vacinas e ganharem dinheiro”.
Conspiração ou não, fato é que o coronavívrus está acirrando os ânimos xenofóbicos no mundo inteiro.
Orientais de diferentes nacionalidades declararam estar sendo vítimas de preconceito e xenofobia.
De acordo com o site de notícias francês France Info, a comunidade asiática está se manifestando nas redes sociais através da hashtag #JeNeSuisPasUnVirus (eu não sou um vírus) para denunciar o racismo que está sofrendo desde que o mundo tomou notícia do coronavírus.
Alguns alegam estar recebendo “olhares suspeitos”, sobretudo, nos transportes públicos. A #JeNeSuisPasUnVirus acabou virando uma forma de expressão da comunidade asiática para reagir ao preconceito, segundo Rowmim, uma jovem que se manifestou pelo Twitter.
EVERY CHINESE PEOPLE ISN'T INFECTED SO STOP YOUR RACIAL COMMENTS. THIS IS ABSURD #JeNeSuisPasUnVirus
— Mehdi (@mehdibdf) January 28, 2020
Conforme alertamos em outra matéria do GreenMe, é preciso não confundir o vírus com a origem dele. Não se sabe, ainda, como a epidemia começou, sem falar que ela não deve servir de pretexto para atitudes racistas e xenófobas.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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