A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou no domingo (26) um relatório em que corrige a classificação do coronavírus e admitiu ter informado incorretamente, nos três dias anteriores, que o risco global do vírus era “moderado”. Segundo o novo documento, o risco é “muito alto na China, alto regionalmente e alto globalmente”.
Segundo a representante da unidade de doenças emergentes e zoonoses da OMS, Maria Van Kerkhove, até a manhã de segunda-feira (27) foram relatados 37 casos fora da China, em 12 países (agora, 13).
Localmente, para conter o avanço do novo vírus, as autoridades chinesas estão restringindo as viagens pelo país, além de ter proibido a venda de animais selvagens em todo o território, como informou a BBC.
A localidade onde o surto começou, a cidade de Wuhan está em total quarentena.
Uma das características preocupantes do 2019-nCoV, nome oficial do novo coronavírus, é o fato de que pode ser transmitido já no período de incubação, quando o portador ainda não sabe que está infectado porque os sintomas – febre, seguida de tosse seca e, após um período de uma semana, falta de ar – ainda não se manifestaram.
Ainda segundo a BBC, a cautela da OMS em classificar o caso como emergência de interesse internacional se explica pelo fato de o órgão ter recebido críticas no passado, seja por ter se precipitado – como em relação ao vírus H1N1 em 2009, que, como constatou-se depois, não era tão grave quanto se pensava – seja por ter demorado a dar respostas – como no caso da epidemia de ebola que, de 2014 a 2016, matou 11,3 mil pessoas em três países da África Ocidental.
“É uma emergência na China. Ainda não se tornou uma emergência de saúde global, mas pode se tornar uma”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus à BBC. Ele está na China no momento, onde discute com especialistas e autoridades formas de conter o atual surto.
O relatório mais recente da OMS está disponível AQUI.
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Categorias: Saúde e bem-estar
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