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Substância fundamental para que haja vida, a água tem sido cada vez mais motivo de preocupação e de polêmicas para os pesquisadores. Com a ideia de praticidade ou contemporaneidade, é muito comum perceber o pensamento cada vez mais recorrente de que água mineral de garrafa tende a ser melhor ou mais saudável que a água da torneira.
No entanto, estudos recentes mostram que essa pode ser uma frágil afirmação, muitas vezes fundamentada em mera publicidade. Vale a pena comprar água mineral de garrafa?
A grande sacada das empresas que comercializam água mineral é tratá-la como pura e límpida, uma vez que é envasada diretamente de seu ambiente natural subterrâneo, estando assim livre de quaisquer substâncias oriundas da poluição causada pela humanidade.
Embora este argumento seja convincente, ao menos na publicidade, a realidade pode ser um pouco diferente. Estudos recentes solicitados pelas ONGS Fundação Danielle Miterrand-France Libertés e 60 Milhões de consumidores da França, mostram que mesmo a água mineral pode possuir medicamentos e agrotóxicos em sua composição.
Em muitos resultados, percebeu-se a presença de hormônios como o tamoxifeno e também a atrazina, agrotóxico utilizado pelos produtores de milho. Este, por sua vez, proibido em diversos países devido aos grandes males que pode causar na saúde de uma pessoa.
Para que tenhamos água potável em nossas casas, ela deve passar por um processo que retira os poluentes presentes nela. No Brasil, a técnica utilizada constitui-se da adição de cloreto férrico e sulfato de alumínio para que as partículas de sujeira sejam agregadas e eliminadas, fazendo com que a água chegue limpa e livre de poluentes em sua casa, pronta para ser bebida.
O processo em si é eficaz e garante que a água seja considerada potável quando chega à sua casa. Porém, há uma grande polêmica a respeito do sulfato de alumínio e os problemas que ele pode causar. Como exemplo, segundo um estudo do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) o consumo de sulfato de alumínio durante a vida através da água pode ser o grande responsável pelo desenvolvimento de Alzheimer.
Em cidades mais conscientes, como Paris, a adição de sulfato de alumínio já foi substituída há mais de duas décadas por cloreto férrico. Já no Brasil, o sulfato de alumínio continua a ser utilizado e parece não haver grande preocupação dos gestores das empresas de água em mudar este cenário.
A resposta para esta pergunta seria de grande utilidade na manutenção de uma vida saudável, porém formulá-la não é tão simples assim. Para compreendermos e darmos uma resposta definitiva se a água que vem pela torneira é melhor ou pior que a água mineral de garrafa devemos também entender os problemas e os gargalos enfrentados por estes dois sistemas de distribuição de água.
Enquanto a água que chega às nossas casas pela torneira possa representar um perigo potencial à nossa saúde devido à presença de sulfato de alumínio, a água mineral engarrafada pode possuir diversas outras substâncias ainda mais nocivas, além do grande mal causado ao meio ambiente pelo simples fato de serem distribuídas em garrafas plásticas, gerando grandes níveis de lixo que dificilmente irão se decompor rapidamente. Além disso, vale notar que o preço pago por uma garrafa de água mineral será exorbitantemente mais caro do que o da água que chega pela torneira.
Em termos práticos, somente uma gestão consciente dos governantes com o povo poderia trazer uma resposta eficaz para este dilema. Alterar os métodos de limpeza da água e ouvir os resultados e apelos científicos seria um grande passo na resolução deste problema.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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