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Os Jogos Olímpicos sempre marcaram muitas diferenças: étnicas, culturais, de gênero e de gerações. Neste ano, a média etária dos atletas é de 26 anos, mas a diferença de idade entre a atleta mais jovem, a nadadora Gaurika Singh, de 13 anos, e a atleta mais velha, a amazona Julie Brougham, de 62, é de 49 anos!
O que há em comum entre elas, além de serem mulheres, é que ambas estão competindo pela primeira vez em uma Olimpíada. A amazona, que compete na categoria adestramento individual, apesar dos seus mais de 50 anos de experiência no hipismo, só garantiu uma vaga para estes Jogos. Ela iniciou no esporte aos 7 anos, quando ganhou o seu primeiro pônei, e conquistou muitos títulos nacionais em sua terra natal, a Nova Zelândia. A trajetória da jovem nadadora foi ainda mais dura. Ela é sobrevivente de um terremoto que matou mais de 8 mil pessoas e deixou mais de 35 mil desabrigadas, em 2015, no Nepal.
O hipismo é conhecido por ser uma modalidade esportiva de diferenças etárias. Nos Jogos de Pequim, em 2008, a atleta mais jovem do hipismo olímpico, a brasileira Luiza Almeida, tinha apenas 16 anos e o mais velho, o japonês Hiroshi Hokets, tinha 67 anos. Aliás, ele só não está competindo este ano porque seu cavalo sofreu uma lesão.
O encontro entre gerações sempre existiu na história das Olimpíadas. O atleta mais jovem competiu em 1900 com apenas sete anos de idade. O menino francês Marcel Depaillé foi convocado às pressas para substituir um timoneiro holandês. Já entre os mais velhos, o campeão foi o sueco Oscar Swahn, que competiu na edição de 1920 na prova de tiro ao veado, quando tinha 72 anos de idade e ganhou a medalha de prata.
Julie Brougham cresceu em Manawatu, na Nova Zelândia, em uma família que já praticava o hipismo. Ela compartilhou o seu primeiro pônei, Timmy, com a irmã. Aos 7 anos, Julie ganhou o seu primeiro pônei, Flash, quando, então, começou a participar de competições infantis em seu país. Ela foi aconselhada por uma amigo a participar de uma prova de adestramento, a qual ela acabou vencendo. A atleta não parou mais de crescer no esporte e começou a ganhar títulos nacionais, até chegar a conquistar uma vaga nas Olimpíadas 2016. Ela será a terceira amazona representante de seu país a competir nos Jogos Olímpicos.
Gaurika Singh é uma das sobreviventes do terremoto ocorrido, ano passado, em Katmandu, no Nepal. Mesmo com a tragédia, a menina não desistiu de fazer a diferença. Ela começou a ajudar outras vítimas do terremoto. Ela conta que queria muito participar dos Jogos, mas não sabia se iria conseguir por ser muito nova. Gaurika foi criada na Grã-Bretanha e, em Londres, começou a treinar natação. Mas a menina nunca esqueceu a sua terra natal, tanto que, aos 11 anos, participou pela primeira vez do Campeonato Nepalês. Foi quando ela estava no país para competir que ocorreu o terremoto de 7,8 graus na escala Richter. Todas as suas premiações foram doadas para a reconstrução de escolas atingidas pelo terremoto.
Certamente, os países de origem das atletas sentem um grande orgulho dessas duas mulheres.
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Fontes: mdemulher, atribuna, uol
Fonte foto: A.RICARDO / Shutterstock.com
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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