Dia Mundial contra a Hepatite


Dia 28 de julho é comemorado o Dia Mundial contra a Hepatite. Várias ações preventivas e informativas foram realizadas, ontem, em muitas cidades do país.

O Dia de Luta contra as Hepatites Virais foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2010, com o objetivo de dar maior visibilidade às doenças causadas pelos vírus B e C.

Segundo dados da OMS, mais 400 milhões de pessoas estão infectadas com os vírus da hepatite B ou da hepatite C em todo o mundo – 10 vezes mais do que quantidade de pessoas infectadas com o vírus HIV.

No Brasil, cerca de três milhões de pessoas já foram infectadas pelo vírus C. A doença é a principal responsável por transplantes de fígado, cerca de 40% dos casos. Além disso, o vírus pode causar cirrose, câncer de fígado e, até mesmo, a morte do paciente. A gravidade do problema é que apenas uma em cada 20 pessoas infectadas sabe que é portadora do vírus da hepatite.

A transmissão das hepatites B e C pode ocorrer por sangue contaminado pelo compartilhamento de utensílios como aparelhos de barbear, alicate de unha ou cutícula, seringas e, também, pelo uso de material não esterilizado na colocação de piercing, por exemplo. Também relações sexuais desprotegidas podem transmitir a doença, que pode ser passada para o bebê na gestação.

Para prevenir a hepatite B, é preciso tomar três doses de vacina. Já para a hepatite C, a recomendação é usar camisinha e não compartilhar os objetos de uso pessoal mencionados acima, como alicate de unha quando for à manicure. Opte por levar o seu.

A cidade de Campinas, no interior de São Paulo, registrou 8.516 casos de hepatite entre 2000 e julho de 2016. Ontem, médicos fizeram um ato de orientação e prevenção às hepatites virais em parceria com ONG Terra das Andorinhas sobre como e onde realizar exames, além de informações sobre a doença.

“Infelizmente não temos vacina para a hepatite C, mas o SUS fornece medicamentos eficazes de tratamento, que oferecem possibilidade de cura de até 95% dos casos. Por isso é importante fazer o diagnóstico. Se a gente consegue tratar precocemente, não evolui para cirrose e tem menos risco de câncer de fígado por hepatite e o paciente também não vai para mesa de transplante”, ressalta a médica infectologista Cláudia Lourenço, do programa municipal de DST/Aids e hepatites virais do município de Campinas. Na cidade, qualquer pessoa com idade até 49 anos pode ser vacinada, mas é preciso tomar as três doses, no caso da hepatite B. Ela alerta que para a imunização ser completa é preciso tomar todas as três doses da vacina.

Em 2015, ministros da Saúde de diversos países das Américas aprovaram uma série de medidas para prevenir e controlar a infecção no Plano Regional da OPAS para as Hepatites Virais entre o período de 2015 a 2019. Como a hepatite B, a hepatite C também pode levar ao câncer hepático após muitos anos de evolução.

Segundo o Ministério da Saúde, as campanhas feitas pelo Brasil tem o intuito de diagnosticar a presença do vírus da hepatite para prevenir danos ao fígado, além de tentar erradicar as hepatites virais do planeta no prazo de 15 a 20 anos.

Os grupos de risco considerados são formados por pessoas que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993; usuários de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes, complexos vitamínicos), inaláveis (cocaína) ou pipadas (crack); pessoas que compartilham ou utilizam instrumentos não esterilizados para aplicação de piercings, tatuagem, manicure e objetos para higiene pessoal (escovas de dentes, lâminas de barbear e de depilar, etc). As grávidas devem fazer o pré-natal, além de exames que detectem a presença do vírus.

Neste sábado (30), das 10h às 20h, acontecerá no Polo Shopping Indaiatuba e Shopping Jaraguá, em Indaiatuba (SP), a campanha “Hepatite C, você sabe se tem?”. A campanha é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH) para detectar precocemente casos de hepatite C. Para isso, serão realizados gratuitamente 400 testes rápidos para detecção da hepatite C.

hepatite c

De cada 10 pessoas contaminadas com o vírus do tipo C, somente duas se curam espontaneamente. Os demais 80% podem se tornar doentes crônicos e, por isso, necessitar de um transplante no fígado.

Informe-se se na sua cidade ainda vai haver alguma campanha no fim de semana e aproveite para fazer o teste.

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Fonte: g1, notebookbarato




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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