Parto humanizado, doulas e a tranquilidade de se ter um filho sem agressões


Fala-se bastante sobre parto humanizado, um tipo de parto onde a mulher parturiente se sinta segura, emocional e clinicamente, onde não sejam obrigadas intervenções que a mãe não autoriza, onde não existam pressões de nenhum tipo nem sobre a mãe, nem sobre a criança que virá à luz. A presença do marido já é tácita, mas marido não é doula, não tem essa competência por melhor que seja.

Na classe média se fala, se sonha com parto humanizado mas, isso vai depender do convênio médico escolhido e, quase sempre, não dá certo. Os convênios médicos têm pressa e querem ganhar por minuto de trabalho de parto. Na classe alta se faz para quem quer já que todos podem pagar. No SUS, depende. Depende de quê? Do corpo médico, da paciência e habilidade da parteira, da administração da maternidade e das leis municipais. E isso tudo apesar de que existe, vige, uma lei federal específica. Trata-se da Lei nº 11.108/2005, a Lei do Acompanhante, que vem garantir a presença de um acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto.

A doula no parto – um acompanhamento necessário

A presença da doula vem sendo requisitada cada vez por maior número de mulheres parturientes que se organizam na Iniciativa Mulheres Unidas. A Iniciativa Mulheres Unidas repudiou, na última sexta-feira (1º), a aprovação, pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre, de uma emenda que proíbe a presença de qualquer “profissional estranho” à equipe médica do hospital durante o parto em hospitais públicos e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade, portanto, que impede a presença de doulas.

O que são as doulas?

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Doulas são profissionais da área médica de parto, para aconselhamento de mães e famílias durante o pré e o pós-parto exercendo os cuidados específicos com a parturiente e nascituro, enfim, um profissional muito gabaritado para ajudar a que os partos sejam melhores e mais saudáveis.

A Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), pela voz da sua diretora Claudia Laranjeira, defende a presença das doulas nos partos e afirma que “o papel da doula é muito bem definido, não envolve nenhuma atividade técnica relacionada à assistência obstétrica e consiste no acolhimento aos aspectos físicos e emocionais da mulher com benefícios bem fundamentados”. “Como a presença de uma profissional que é benéfica para a mulher e o bebê, cientificamente comprovada a sua necessidade, pode ser impedida e considerada algo ruim?”, questiona a Iniciativa Mulheres Unidas.

O posicionamento da Iniciativa Mulheres Unidas ressalta que “mulheres da capital do RS e outras regiões são atendidas em hospitais de Porto Alegre. Atualmente já enfrentamos uma série de problemas que estão diretamente ligados à violência obstétrica. Agora o poder político ignora as pautas das mulheres, nossa autonomia e direitos”.

Que esta discussão se estenda pelo país todo, que todas as mulheres tenham esse direito, da presença do marido e de uma doula, se for o seu desejo, é isso que eu quero reafirmar aqui neste artigo.

Afinal, parir é a única maneira que nós, mulheres, temos de “dar a vida”, “dar a luz”, o futuro da humanidade. Então, que nosso parto seja um momento tranquilo, o mais humanizado possível. Este é um direito inalienável!

Mulheres, o parto humanizado é um direito! Exija o seu direito de mulher!

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Redação greenMe

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