Podemos absorver a energia de outras pessoas?


Quantas vezes ouvimos dizer que algumas pessoas têm uma energia boa e outras têm uma energia ruim? Tais energias poderiam ser passadas e absorvidas de uns para os outros? O que a ciência teria a dizer sobre isso?

Circula na internet um paralelo entre uma investigação científica e a probabilidade de seus resultados serem estendidos aos seres humanos.

Trata-se de um experimento muito interessante que, dizem, poderia fazer uma ponte à essa sensação que temos de absorvermos energia de pessoas, lugares, etc. O estudo foi realizado pela Bielefeld University na Alemanha e comprovou que uma microalga verde, a Chlamydomonas reinhardtii, é capaz de absorver energia de outras plantas para sobreviver.

Segundo as “vozes” que circulam na internet, o experimento poderia abrir novas portas para o estudo da bioenergia, proporcionando evidências de que as pessoas também poderiam absorver outras energias, da mesma maneira que as algas.

As plantas precisam de água e luz para fazerem a fotossíntese e crescerem e usam a energia do sol para tal. A equipe de pesquisa descobriu no entanto que a alga em questão, não vive apenas da fotossíntese, mas tem também uma outra fonte de energia: ele pode extrair energias de outras plantas.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista on-line Nature Communications e, dando uma breve olhada na publicação, se vê claramente que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ou seja, não há nada que ligue o caso das algas às pessoas.

O estudo é muito interessante do ponto de vista da produção de biocombustíveis por exemplo, pois a nova descoberta dessa “qualidade” da alga pode ajudar na quebra da celulose para a produção de energia.

Até agora, acreditava-se que apenas vermes, bactérias e fungos podiam digerir celulose vegetal e usá-la como fonte de carbono para o seu crescimento e sobrevivência.

Plantas, ao contrário, se engajam na fotossíntese de dióxido de carbono, água e luz. Em uma série de experimentos, o professor Dr. Olaf Kruse e sua equipe, cultivaram as microscópicas espécies de alga verde, a Chlamydomonas reinhardtii, num ambiente de baixo dióxido de carbono e observaram que, quando confrontadas com tal falta, estas plantas unicelulares podiam extrair energia das celuloses vegetais vizinhas.

A alga secreta enzimas (chamadas enzimas de celulose) que “digerem” a celulose e a divide em açúcares menores. Estes são, em seguida, transportados para dentro das células e transformados em uma fonte de energia e a alga pode continuar a crescer.

“Esta é a primeira vez que tal comportamento foi confirmado em um organismo vegetal”, diz o professor Kruse. “O fato de as algas poderem digerir a celulose contradiz todo o conhecimento anterior. Até certo ponto, o que estamos vendo é plantas comendo outras plantas”.

Até aí tudo certo e nada a ver com pessoas comerem outras pessoas do ponto de vista energético.

As pessoas em geral precisam de comprovação científica para aquilo que sentem e buscam brechas na ciência para darem razão aos seus sentimentos. Não precisa nada disso. E principalmente, não acredite em tudo que se lê por aí.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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