Dia 18, ontem, começou a Semana Nacional de Combate ao Alcoolismo.
Os que adoram uma cerveja, uma caipirinha, um vinho devem ser conscientes de que beber pode fazer muito bem, mas como como diz o dito popular “a diferença entre o remédio e o veneno está na dose”. Uma bebida acompanhada de um bom papo e de um bom petisco é uma fonte de prazer. Mas é preciso saber a hora de parar de beber.
O hábito de consumir excessivamente bebida alcóolica cresce anualmente no Brasil, que está entre os 10 países onde há maior consumo de álcool.
Para o médico homeopata e especialista em medicina ortomolecular, Ícaro Alcântara, uma pessoa que é alcoólatra tem uma grande dificuldade de reconhecer que é doente. A dependência psicológica é mais grave do que a orgânica, pois o organismo tem mais capacidade de se regenerar do que o cérebro.
É preciso diferenciar o “beber socialmente” do beber todo dia. É assim que o alcoólatra começa a beber. Quem bebe socialmente, gosta de degustar uma bebida acompanhada de um prato, ou seja, ela quer sentir prazer. O alcoólatra bebe sem ter essa sensação de prazer, bebe bebidas mais fortes, muitas vezes desvinculadas de atividades de sociabilidade.
O consumo excessivo de bebida alcoólica é reconhecido como uma enfermidade, seja esse consumo frequente, seja excessivo.
O tratamento eficaz pode fazer com que o paciente nunca mais volte a beber. O doente precisa de um tratamento desintoxicante e também psicológico, para que os comportamentos mentais que o fizeram beber não se repitam. A abordagem do tratamento deve contemplar a parte física e psicológica.
A hereditariedade não é um fator de risco para o alcoolismo. Hoje em dia, os hábitos de vida são fatores mais fortes para desenvolver uma doença. O ambiente, sim, pode estimular o hábito de beber. Se uma criança cresce em um ambiente onde os familiares bebem em excesso, ela pode ser sugestionada a beber pela observação e pelo comportamento daqueles à sua volta.
Fisicamente, o álcool afeta o cérebro, o fígado, o estômago, o intestino, os músculos e o coração. Ele tem 4 mecanismos de lesar uma pessoa: “a lesão direta pela intoxicação alcoólica, a lesão por aldeído, uma substância que vem do processo de desintoxicação do fígado, e que também é tóxica. O álcool [também] gera desidratação e desnutrição”, explica o médico. Logo, o álcool afeta todas as células do corpo.
O tratamento ortomolecular tem quarto pilares básicos: desintoxicação, combater o escesso de radicais livres, repor nutrientes e melhorar os hábitos de vida dos pacientes. Com esse tratamento, o organismo funciona melhor e repara-se das agressões sofridas. O tratamento busca melhor, prioritariamente, a mudança dos hábitos de vida do paciente, fazendo com que, aos poucos, deixe de beber. Dependendo do grau de dependência, é preciso o uso de medicamentos.
Existem dois tipos de intoxicação: aguda e crônica. Esta última causa o alcoolismo. Mulheres, por terem mais massa gorda do que o homem, tendem a ter uma intoxicação aguda mais rapidamente quando consomem álcool em pequenas quantidades.
Já os pais devem estar atentos aos filhos adolescentes que bebem em demasia. Os pais devem descobrir o motivo que leva o adolescente a beber e educá-lo sobre os riscos da bebida. Muitos adolescentes bebem para se inserirem num grupo ou para ficarem menos inibidos. Por isso, a participação dos pais na orientação dos filhos em relação à bebida é fundamental.
Pessoas que têm hábitos de vida saudáveis geralmente não caem na armadilha do vício. Uma alimentação adequada, a ingestão de água, dormir bem e praticar exercícios físicos são fundamentais para uma boa saúde. Então, quem tem esses hábitos e tomar uma cerveja ou um vinho vai colher os benefícios que essas bebidas têm.
A cerveja, por exemplo, é boa para o colesterol, para os rins e melhora a digestão.
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Já o vinho tem benefícios científicos como: melhora a circulação, combate o estresse e a acne.
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O alcool pode ser uma forma de prazer na vida. Mas quando a satisfação dá lugar ao vício, é preciso ajuda especializada.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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