Pesquisadores concluíram que a bromelaína tem um índice de cura de câncer maior do que medicamento atualmente comercializado, que foi utilizado como parâmetro de comparação.
Um dos maiores problemas dos medicamentos antitumorais convencionais, como a fluorouracila é que, ao agir inibindo e matando as células que se multiplicam demais, como as células tumorais, acabam por afetar também células saudáveis dos intestinos, folículos capilares e células envolvidas na defesa do corpo.
Conforme afirmado no estudo, que não foi realizado em seres humanos, a taxa de sobrevivência de animais doentes tratados com bromelaína é 318% maior do que a de animais que não receberam tratamento nenhum, comparada à taxa de 263%, obtida quando os animais foram tratados com fluorouracila.
A bromelaína é uma enzima encontrada em toda a planta do abacaxi, concentrada especialmente no talo. A substância tem reconhecidos efeitos digestivos e antitumorais, sendo também utilizada na formulação de vacinas e na debridação da pele (remoção de tecidos mortos, por exemplo, no tratamento de queimaduras). Assim como a papaína, também é conhecida por amaciar carnes.
A enzima encontrada no abacaxi é muito menos tóxica do que o medicamento comercialmente utilizado. Como parâmetro, os pesquisadores utilizaram a DL50 – dose dos medicamentos que seria letal para 50% dos pacientes.
Pois bem: a DL50 da fluorouracila é de 115mg/kg (miligramas por quilo, tendo por base o peso do paciente). Já a DL50 da bromelaína é de 10.000 mg/kg, significando que a substância é quase 100 vezes menos tóxica que o medicamento atualmente utilizado e que serviu de parâmetro de comparação na pesquisa.
Pode parecer contraditório que a substância menos tóxica mate mais células cancerosas. A explicação para essa disparidade é a expressão “citotoxicidade seletiva”, ou seja, que a substância é tóxica apenas para determinadas células – no caso, as cancerosas, permitindo a sobrevivência das células saudáveis.
Infelizmente, a substância não tem tanto apelo como objeto de estudo da indústria farmacêutica, pois, por ser um composto natural, não é patenteável. Por essa razão, caso algum eventual medicamento venha a ser produzido com a substância, não será tão lucrativo.
Apenas comer abacaxi provavelmente não será suficiente, uma vez que seria preciso ingerir muito abacaxi para se conseguir a dose necessária para atingir os efeitos desejados. Entretanto, são comercializados suplementos de bromelaína (também conhecida como bromelina), inclusive no Brasil. Mas seu uso tem contraindicações e pode causar efeitos colaterais, razão pela qual sempre é bom consultar um médico.
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Fonte foto: freeimages.com
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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