O Brasil está em alerta porque é a primeira vez que, em um verão, circulará três tipos de vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti : dengue, febre chikungunya e zika. Embora essas doenças apresentem sintomas parecidos, não tenham tratamento específico e tragam diferentes consequências, até abril de 2015, não havia casos de zika registrados no Brasil. O alerta é ainda maior devido à relação entre as altas temperaturas provocadas pelo , e a propagação de epidemias.
A coordenadora do Comitê de Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei, diz que será determinante o controle de focos do mosquito durante o verão, que começa hoje. Biologicamente, o Aedes aegypti põe ovos que podem sobreviver por até um ano, e a formação dos insetos pode ocorrer de cinco a seis dias depois de chover, fenômeno que ocorre frequentemente no verão brasileiro, além do favorecimento da temperatura entre 30º e 32º.
Um outro problema relatado pela infectologista é a dificuldade de diagnóstico, pois os sintomas entre as doenças são muitos parecidos, tais como a febre, que é comum em todos os casos, embora na dengue seja mais elevada, na chikungunya tenha duração menor e no zika seja mais baixa. A dor de cabeça também é comum aos três casos, mas na dengue ela é mais intensa. E as dores nas articulações se manifestam nas três enfermidades.
As grávidas devem tomar precauções por serem um grupo de risco, sobretudo em infecções por zika, já que o vírus tem relação com casos de microcefalia em recém-nascidos.
A infectologista defendeu a necessidade de ser desenvolvida a sorologia, que detecta o vírus por exame de sangue, para que se obtenha um diagnóstico preciso da doença e um melhor acompanhamento do quadro do paciente.
Segundo Nancy, é preciso juntar esforços na realização de uma força-tarefa para se ter o diagnóstico dessas doenças para poder enfrentá-las adequadamente.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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