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Hoje, 1° de dezembro, é celebrado o Dia Mundial de Combate à AIDS. A data visa simbolizar a luta contra a doença que aterroriza a humanidade há mais de 30 anos e procura incentivar o mundo a colaborar com o seu combate.
No Brasil, o primeiro caso de AIDS foi relatado no ano de 1982 e, apesar da criação de fundos para arrecadação de capital no combate à doença, somente em 1996, com a criação da Lei Federal 9.313, no governo de Fernando Henrique Cardoso, iniciou-se a distribuição gratuita de ARVs (medicamentos antirretrovirais), quebrando patentes e incluindo inibidores de protease (fundamentais para o tratamento contra a infecção do HIV), que a AIDS começou a ser controlada por aqui.
Aliás, estes “tempos modernos” mudaram essa percepção de “controle”. A ilusão de que o Brasil havia conquistado uma forma, aplaudida mundialmente, de controlar a doença, fez com que nascesse uma geração de “descuidados” em relação aos perigos da AIDS.
Enquanto o mundo diminui os números de pessoas com HIV, o Brasil segue o caminho inverso, e um dos principais motivos é a falta de prevenção que, segundo a ONU, acontece porque o Brasil começou cedo o combate e a nova geração não conheceu o auge da epidemia.
Esses jovens de hoje, literalmente, não têm medo da AIDS.
Amazonas registra 1.025 novos casos de AIDS de janeiro a outubro deste ano.
1.025 novos casos aconteceram somente neste estado, um dos menos populosos do país, segundo a Secretaria de Educação de Saúde (Susam). Mesmo com a pasta afirmando que houve redução de 37% na comparação com 2014, o número está muito acima do registrado pela média anual entre o período de 2000 a 2013.
Antes uma pessoa era registrada como novo caso de AIDS a cada 24 horas. Agora, a média subiu para três por dia.
Nos últimos seis anos, houve um aumento superior a 50% nos casos de AIDS registrados entre os jovens no Brasil, e a principal razão é o comportamento sexual deles.
Eles realmente pensam que ninguém mais morre de AIDS hoje e que basta tomar os remédios para que tudo fique bem. Coisa nenhuma. Trata-se de uma doença grave, sem cura, e que lhes pode forçar a tomar remédios com efeitos colaterais pelo resto da vida.
“A taxa de detecção de Aids, entre jovens de 15 a 24 anos, vem crescendo em uma velocidade bem maior que da população em geral”, diz Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde.
Além dos perigos da doença, há também o fator segregação. Infelizmente, a AIDS ainda é motivo de forte preconceito entre as pessoas.
Há cerca de vinte anos, o astro da NBA, Magic Johnson, portador reconhecido do vírus HIV, jogava normalmente uma partida pelo campeonato norte-americano, quando se cortou em uma falta. A cena, com o sangue de Magic exposto, produziu um temor palpável pelo risco de contaminação nos adversários, torcida e até na comissão técnica dos dois times. E olha que Johnson faz os mais caros tratamentos de AIDS desde o início, a ponto de manter a doença tão controlada que os testes de AIDS que o jogador faz por ano apontam como negativo, mas, ainda assim, o medo foi mais forte. Johnson se retirou das quadras.
E as coisas não mudaram muito de lá para cá. Até porque, se isso aconteceu com um astro da NBA, imagine conosco “meros mortais”?
foto: ebc
Entre elas a exposição “Positivo na Lata: Revelando a Vida“, na Galeria de Arte do Sesiminas em Belo Horizonte, Minas Gerais. A mostra é o resultado das aulas de capacitação profissional em fotografia realizadas pelo Positivo na Lata, do qual participam cerca de 100 jovens que vivem e convivem com HIV/AIDS, nas cidades de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e na capital mineira e busca alertar para os perigos da doença e falar também sobre a discriminação.
No Rio de Janeiro, as três Arenas Cariocas do Parque Olímpico Rio 2016 foram iluminadas de vermelho para homenagear a data.
Enquanto que a marca de produtos de beleza, L’Óreal, juntou-se com a Unesco na campanha Cabeleireiros contra a Aids 2015, no projeto “Salão Solidário“, que irá cobrar valores acessíveis nos cortes de cabelo neste dia 1° e oferecer toda a renda para a ONG Sociedade Viva Cazuza, que cuida de crianças portadoras do vírus HIV / Aids. 150 salões espalhados pelo país participam da ação.
foto: facebook
Atualmente mais de 36 milhões de pessoas em todo o mundo estão contaminadas com o vírus HIV. Por isso, não vacile com a AIDS, jamais!
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Fonte foto: fotospublicas
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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