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O assunto que vem tomando conta do país é a expansão dos casos de microcefalia no Brasil. Na última contagem revelada pelo Ministério da Saúde na última terça, 24, foram registrados em todo o país, 739 casos de recém-nascidos suspeitos de microcefalia. A maioria deles, 487, no estado de Pernambuco, que está em estado de emergência por conta das ocorrências.
Ao todo, os casos estão espalhados em 160 cidades de nove estados brasileiros. O possível catalisador da doença é o zika vírus, que foi identificado pela primeira vez por aqui no mês de abril deste ano e é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.
Mas o que é microcefalia e por que o estado de Pernambuco possui mais da metade dos casos? Acompanhe todas as respostas:
A microcefalia é uma condição neurológica congênita ou adquirida na qual a cabeça e o cérebro das crianças são notadamente menores do que o normal para sua idade, influenciando diretamente no seu desenvolvimento mental.
É importante compreender que a microcefalia não é uma doença nova. Mesmo que você nunca tenha ouvido falar, ela está por ai já faz algum tempo. O motivo pelo qual ela nunca foi tão comentada era o fato de que, em Pernambuco, foco maior da doença, somente dez casos aconteciam por ano. Ou seja, estava bastante controlada.
Ainda não há uma certeza sobre o porquê de Pernambuco sofrer com tantos casos suspeitos de microcefalia. Para identificar a razão, a Secretaria de Saúde do Estado está analisando diversas possíveis causas para essas ocorrências, entre elas: infecções (rubéola, sífilis, varicela, toxoplasmose), agressões teratogênicas (drogas como talidomida, , aspirina, tetraciclina, calmantes), alcoolismo materno, drogadição (cocaína), infecções provocadas por dengue, chikungunya ou zika, entre outros.
O Ministério da Saúde já se pronunciou sobre a hipótese mais provável para o surto de microcefalia, o zika vírus. Trata-se de uma doença da mesma família da dengue, porém, menos agressiva.
A relação foi feita pelos especialistas do Ministério da Saúde porque o micro-organismo foi identificado em duas gestantes da Paraíba. Ambas possuíam sintomas da infecção de zika vírus e a microcefalia já foi confirmada em seus bebes. A partir dessa informação, pesquisas foram realizadas e foi descoberto que o líquido amniótico que envolve o bebê durante a gestação continha o vírus.
O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, falou sobre a relação: “Vocês podem perguntar se isso fecha a correlação entre as duas coisas, e minha resposta é: ‘quase’. Estamos sendo bastantes cautelosos, mas não se encontrou nenhuma outra causa até o momento”.
Nunca antes na literatura científica a relação de ambos foi constatada. Ainda assim, os especialistas não trabalham com a hipótese do vírus ter sofrido mutação e ficado mais forte.
Além de Pernambuco, os outros estados mais atingidos pela microcefalia são Paraíba (96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9), Bahia (8) e Goiás (1). Há uma morte sendo investigada, no Rio Grande do Norte.
O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que entre as possibilidades para combater o vírus e a microcefalia, estão as ações idênticas às usadas para o combate à dengue, como utilizar telas nas casas e usar inseticidas nos criadouros e focos do mosquito, além de inserir mosquitos transgênicos no meio ambiente (somos contrários às últimas duas ações pelo perigo que elas representam ao meio ambiente se não forem muito bem administradas).
O ministério também aconselha às mulheres que pretendem engravidar a redobrar seus cuidados devido a atual situação e que prestem atenção aos sintomas de infecções virais. Os principais sintomas do zika vírus são: febre baixa e manchas pelo corpo (exantema).
Por último, o ministro afirmou que irá redobrar as ações assim que houver a confirmação de que o zika vírus é o responsável pela microcefalia.
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Fonte foto: forgottendiseases.org
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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