Glifosato em gazes e absorventes: alarme na Argentina. Seria culpa do algodão GM?


Cientistas argentinos encontraram traços de glifosato em 8 de 10 produtos que contêm algodão, analisados em um estudo preliminar que a Universidade Nacional de La Plata apresentou recentemente em Buenos Aires.

Em particular, em gazes estéreis, os vestígios de glifosato foram encontrados em todos os produtos tomados em amostra. E em geral, os resíduos desta substância nos produtos que contêm algodão e para a higiene pessoal, foram identificados em 85% das amostras.

O glifosato é o ingrediente básico do herbicida RoundUp da Monsanto e foi recentemente classificado pela OMS como substância potencialmente cancerígena. A percentagem de resíduos foi inferior a 80% no que diz respeito aos lencinhos íntimos e aos absorventes internos.

Até agora, foram analisados ​​apenas vinte amostras em relação ao estudo preliminar, que deverá chegar a pelo menos cem. A Argentina aprovou o cultivo e o uso de algodão GM no início dos anos noventa. É o algodão transgênico resistente ao glifosato cuja produção é agora difusa.

A cada ano na Argentina são usados milhares de litros de glifosato, especialmente na produção da soja transgênica.

O glifosato é um herbicida que remove as ervas daninhas, às quais as culturas transgênicas de soja e algodão são resistentes.

Face a estes números alarmantes, A Argentina teria que agir e esperamos que em breve promovam uma mudança.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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