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Maconha para uso terapêutico: quais são as perspectivas dos medicamentos feitos à base de canabinoides? Aqui não se trata de incentivar o uso da maconha como droga recreativa, mas de aprofundar o conhecimento sobre os seus benefícios e sobre o potencial da planta na terapia e no tratamento de várias doenças.
Uma confirmação sobre as propriedades anticancerígenas da maconha vem da National Institute on Drug Abuse que admitiu que algumas substâncias derivadas da cannabis seriam capazes de combater as formas mais graves de câncer no cérebro e reduzir o tamanho dos tumores. Em qualquer caso, o instituto norte-americano que trabalha contra o abuso e o uso de drogas, não autoriza o uso da maconha como droga e sim, reconhece a planta como medicamento, o que é um grande passo, especialmente se se considerar de onde vem tal reconhecimento.
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Em uma estufa nos arredores de Londres, foi autorizado o cultivo da cannabis para fins terapêuticos. Estão estudando o potencial da maconha contra a esquizofrenia. A cannabis pode ter um efeito antipsicótico e uma equipe de especialistas criou um tratamento para ser utilizado contra a psicose e doenças similares, tal como a esquizofrenia.
Em 2013, na Itália, foi permitida a venda de uma droga baseada nos canabinoides. Chama-se Sativex, um spray para uso bucal composto por dois princípios ativos: o THC (delta-9-tetra-hidrocanabinol) e o CBD (canabidiol), extraídos da planta Cannabis sativa. O spray é indicado como terapia adjuvante para pacientes com espasticidade (aumento do tônus muscular) de moderada a grave, em decorrência de esclerose múltipla.
A cannabis terapêutica também pode ser usada para curar os animais domésticos, especialmente cães e gatos. Se fosse permitido, os tutores poderiam administrar o THC em seus animais de estimação, se um veterinário prescrevesse que o animal sofre de doença tratável com esta substância. Em alguns lugares isso já é possível, em outros há projetos de lei para aprovação.
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Um estudo verificou sobre a possibilidade de usar a maconha para neutralizar o vírus que causador da AIDS. O estudo observou que um dos ingredientes ativos mais importantes e bem conhecido na cannabis, o THC (delta-9-tetra-hidrocanabinol), é capaz de proteger as células contra os danos causados pelo vírus HIV.
Paralisia cerebral, hidrocefalia e convulsões: uma mãe na Flórida salvou sua filha de 19 meses dessas condições, graças ao óleo de cannabis. Os médicos haviam dado à criança poucos dias de vida, mas a mãe decidiu iniciar um tratamento com o óleo de cannabis na administração sublingual depois de ler vários artigos e revistas médicas que descreviam esse tipo de cura. As primeiras melhorias viriam após 24 horas da administração. Sem o óleo de cannabis o bebê provavelmente teria morrido. Além disso, Mike Cutler, um senhor de 63 anos de East Sussex (condado do sudeste da Inglaterra), afirma ter curado seu câncer com um óleo de cannabis feito em casa.
Segundo pesquisa realizada nos últimos anos na Universidade de Haifa, em Israel, a cannabis para uso terapêutico teria a capacidade de aliviar os sintomas do estresse pós-traumático. O canabinoide, princípio ativo na cannabis, seria capaz de bloquear a sensação de ansiedade causada por episódios traumáticos quando administrado dentro de 24 da ocorrência do episódio traumático. De acordo com especialistas, a maconha não apaga o episódio, mas impede o desenvolvimento de sintomas relacionados ao estresse pós-traumático.
Uma pesquisa conduzida por especialistas da Universidade de Tel Aviv mostrou que baixas doses de THC podem proteger o cérebro dos danos neurológicos graves e déficits cognitivos. A investigação mostra como se pode utilizar doses muito baixas do princípio ativo, ou seja, de 1.000 a 10.000 vezes menor do que a quantidade presente em um cigarro de maconha, para a proteção do cérebro a fim de preservar as funções cognitivas com o passar do tempo.
A cannabis, em doses terapêuticas, pode ser útil no tratamento de pacientes obesos com risco de diabetes e doenças cardiovasculares. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Buckingham, dois compostos presentes nas folhas da cannabis – o canabidiol e o THCV – podem aumentar a quantidade de energia que o corpo queima e ajudar a tratar os dois tipos de diabetes, reduzir o colesterol no sangue e a gordura em alguns órgãos, principalmente no fígado.
Cientistas do California Pacific Medical Center em San Francisco Pacific descobriram como um composto derivado da maconha é capaz de impedir a formação de metástases em muitas das formas mais agressivas do câncer, reduzindo drasticamente a taxa de mortalidade. A pesquisa superou a fase de testes em laboratório e estaria esperando luz verde para testar em humanos.
E se você acha que isso é pouco, conheça as fantásticas e surpreendentes possibilidades de se empregar a maconha em diversos setores da indústria:
São informações para serem colocadas nos debates sobre a legalização da maconha, você concorda?
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Categorias: Saúde e bem-estar
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