Vivemos em uma era em que o culto ao corpo perfeito é quase uma sentença. Horas na academia, cirurgias estéticas – que também têm o seu risco – e ainda os anabolizantes. Mas o que era para ser algo simples, se transformou em um assunto que nem sempre ocupa os editoriais sobre saúde, e sim as notícias do cotidiano envolvendo internações na UTI, como o caso da modelo Andressa Urachi, e a morte, como no caso da jovem que faleceu por uso de anabolizantes.
Tayná Barbosa, 24 anos, faleceu no último dia 14 após ter usado anabolizantes para malhar de domingo a domingo, incessantemente e com a obsessão de conseguir o corpo perfeito. Cearense, a moça sempre divulgava fotos nas redes sociais malhando ou em poses que mostravam o resultado de tanta malhação.
Infelizmente, Tayná, depois de ter sido internada anteriormente, foi novamente hospitalizada em 8 de março já desmaiada, sofreu duas paradas cardíacas, entrou em coma por uma semana inteira, até falecer.
Tayná não é o único caso de obsessão estética. Magreza, músculos, juventude “eterna” e muito mais fazem milhões de pessoas tentarem de tudo para conseguir o corpo perfeito.
Mas devemos ter consciência: anabolizantes matam.
O que acontece é que o comportamento da nossa sociedade está cada vez mais direcionado para o mundo do consumo que ostenta, desde o próprio corpo “sarado”, às roupas, perfumes, adornos, grifes, amor, sexo, bens de consumo e substâncias lícitas e ilícitas.
Os anabolizantes (esteróides androgênicos anabólicos) são hormônios, geralmente derivados da testosterona, usados no crescimento e na divisão celular para a constituição de diversos tipos de tecidos, principalmente músculos e ossos.
Esta sua função é útil e usada em procedimentos médicos para diversos casos onde haja necessidade de reconstituição muscular ou óssea devido a cirurgias, acidentes ou doenças graves como o câncer.
No entanto, para bombar o corpo de músculos, o pessoal das academias faz uso abusivo dos anabolizantes e sem acompanhamento médico (em alguns países seu uso é controlado).
Os efeitos colaterais deste uso excessivo não são nada “leves” e incluem a elevação do colesterol LDL e a diminuição do HDL, elevação da pressão sanguínea, hepatotoxicidade e alterações na morfologia do ventrículo esquerdo do coração, sem falar no óbito como noticiado acima.
Na aparência, um dos efeitos do anabolizante é a virilização, ou seja, a “masculinização” do corpo, o que não é exatamente bonito para uma mulher, ainda que os exemplos de beleza que hoje vemos na mídia, e nem precisamos citar nomes, é exatamente o contrário. É importante saber que não apenas os músculos crescem mas também os pelos, as cordas vocais, o clitóris, a gengiva…
Nos homens os efeitos indesejados incluem o desenvolvimento de mamas, infertilidade temporária e atrofia testicular.
Que estas informações sirvam para repensarmos o uso de anabolizantes para conseguirmos um corpo perfeito, de gosto muito duvidoso.
Fonte foto: freeimages.com
Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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