Estudo Associa Baixos Níveis de Testosterona a Maior Risco de Mortalidade


Uma pesquisa colaborativa liderada por cientistas da Universidade da Austrália Ocidental revelou uma nova associação preocupante: baixos níveis de testosterona em homens estão ligados a um aumento significativo no risco de morte prematura, especialmente por condições cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Os resultados, baseados em uma revisão sistemática de estudos realizados até 2019, destacam a importância dos cuidados com os níveis hormonais masculinos para a saúde cardiovascular.

Modelo de Homem Ideal

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A equipe de pesquisa, que incluiu colaboradores de instituições renomadas como o Instituto de Química Clínica e Medicina Laboratorial da Universidade de Greifswald (Alemanha) e a Escola de Saúde Pública Gillings da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (Estados Unidos), analisou dados de dezenas de milhares de homens acompanhados por pelo menos cinco anos. Os resultados mostraram que os homens com concentrações de testosterona abaixo de 7,4 nmol/L (<213 ng/dL) tinham um risco significativamente maior de morte por todas as causas, enquanto aqueles com níveis muito baixos, abaixo de 5,3 nmol/L (<153 ng/dL), enfrentavam um risco ainda maior de mortalidade por doença cardiovascular.

Embora o estudo seja observacional e não estabeleça uma relação direta de causa e efeito, os pesquisadores enfatizam a associação estatística significativa entre os baixos níveis de testosterona e o risco aumentado de mortalidade. O Dr. Daniel Kelly, da Universidade Sheffield Hallam, destaca a importância de um estilo de vida saudável na manutenção dos níveis hormonais masculinos, sugerindo que evitar o ganho de peso e adotar hábitos como não fumar e praticar exercícios físicos pode ajudar a preservar os níveis de testosterona.

No entanto, em casos específicos, como em homens com câncer de próstata submetidos a tratamentos que reduzem os níveis de hormônios sexuais masculinos, pode ser necessário avaliar a terapia de reposição de testosterona. Embora controversa devido a associações anteriores com risco aumentado de eventos cardíacos, a terapia de reposição de testosterona pode ser benéfica em certos contextos, ressaltam os pesquisadores.

Os detalhes completos do estudo “Associations of Testosterone and Related Hormones With All-Cause and Cardiovascular Mortality and Incident Cardiovascular Disease in Men: Individual Participant Data Meta-analyses” foram publicados na revista científica Annals of Internal Medicine, fornecendo dados importantes para a compreensão dos fatores de risco associados à saúde cardiovascular masculina.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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