O fenômeno conhecido como “divórcio do sono” tem se tornado cada vez mais comum entre casais ao redor do mundo, especialmente após a pandemia de COVID-19. Essa tendência, que consiste em casais optarem por dormir em quartos separados, visa principalmente melhorar a qualidade do sono e, por consequência, a qualidade de vida e o relacionamento.
Segundo uma reportagem da BBC, essa prática pode inicialmente ser considerada uma solução temporária para problemas específicos que perturbam o sono, como ronco, insônia ou movimentos excessivos durante a noite. No entanto, muitos casais descobrem que os benefícios de dormir separados superam as preocupações iniciais, tornando a medida uma mudança permanente.
A decisão de dormir separadamente é muitas vezes motivada por questões de saúde que afetam o descanso noturno. Stephanie Collier, psiquiatra do Hospital McLean nos Estados Unidos, destaca que os motivos para o “divórcio do sono” geralmente estão relacionados a condições como ronco, síndrome das pernas inquietas, sonambulismo ou necessidades frequentes de ir ao banheiro, que podem perturbar o sono do parceiro.
Um estudo de 2023 da Academia Americana de Medicina do Sono (AASM) indica que mais de um terço dos entrevistados nos Estados Unidos adotam essa prática ocasionalmente ou regularmente, com uma prevalência significativa entre os millennials. Cerca de 43% dessa geração afirma dormir separada do parceiro, sugerindo uma mudança cultural que prioriza a qualidade do sono como um pilar para o bem-estar geral.
Os especialistas concordam que as vantagens de dormir em quartos separados incluem a possibilidade de um sono mais regular e profundo, o que é fundamental para a saúde física e mental. Dormir bem pode reduzir o risco de problemas como depressão, aumentar a paciência e melhorar a imunidade. Além disso, casais que estão bem descansados tendem a discutir menos e manter uma relação mais saudável.
No entanto, o “divórcio do sono” também pode apresentar desafios, como a necessidade de espaço adicional para acomodar quartos separados, o que nem sempre é viável. Além disso, alguns casais expressam preocupações sobre a possível perda de intimidade.
Para mitigar esses efeitos, especialistas sugerem otimizar o tempo juntos durante o dia e manter uma comunicação aberta sobre as necessidades e expectativas de cada um. Apesar dos desafios, a tendência do “divórcio do sono” reflete uma evolução nas relações modernas, onde a qualidade do sono e o bem-estar individual são valorizados como componentes essenciais para um relacionamento saudável e feliz.
Fonte: BBC
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Categorias: Saúde e bem-estar
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