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A síndrome do salvador, ou da salvadora, é um padrão comportamental em que os indivíduos acreditam que podem cuidar e salvar as pessoas de seus problemas. É um fenômeno observado em diversos contextos da vida. Este comportamento, embora pareça ser motivado por intenções benevolentes, pode levar a consequências prejudiciais para a saúde emocional e física da própria pessoa, o salvador, e também daquele que seria salvo.
Neste conteúdo, exploraremos os sinais distintivos da síndrome do salvador, como ela se manifesta em diferentes áreas da vida, os impactos associados e estratégias para superar esse padrão, visando a promoção do bem-estar e o estabelecimento de relacionamentos mais saudáveis.
A expressão “síndrome do salvador” não é uma terminologia reconhecida na literatura médica ou psicológica de forma convencional. No entanto, se refere a um padrão comportamental observado em algumas pessoas que sentem necessidade ou prazer em ajudar os outros, muitas vezes anulando a si mesmas, mas gozando de seu papel de salvador.
Essa síndrome pode se manifestar em diferentes contextos, como relacionamentos pessoais, profissionais ou familiares.
A síndrome do salvador pode estar associada a várias causas e influências. Aqui estão alguns fatores que podem contribuir para esse padrão de comportamento:
Algumas pessoas buscam constantemente aceitação através do reconhecimento do outro. Elas podem sentir que são dignas de amor e respeito apenas quando estão ativamente ajudando, ou melhor, salvando, alguém.
Indivíduos com baixa autoestima podem buscar a validação externa para compensar suas próprias inseguranças. Ajudar os outros pode ser uma maneira de tentar elevar sua autoestima e se sentir valorizado.
Focar nos problemas alheios pode ser uma forma de evitar lidar com os próprios desafios e questões emocionais, ou seja, é uma boa forma de fugir dos próprios problemas.
Algumas pessoas sentem uma necessidade intrínseca de estar no controle das situações. Ajudar os outros lhes proporciona uma sensação de controle e poder.
Crenças limitantes, como por exemplo a de acreditar ser o responsável pelo bem-estar dos outros, pode culminar no comportamento de salvador.
O excesso de empatia pode levar à necessidade de intervir na vida dos outros para aliviar seu sofrimento.
Padrões comportamentais aprendidos através da observação de modelos da infância, como pais ou professores, podem influenciar a tendência de uma pessoa para a síndrome do salvador.
Existe um certo narcisismo quando alguém projeta para si a imagem ideal de alguém bonzinho, capaz de ajudar e de salvar os outros. Nesse caso, o salvador narcisista espera ser reconhecido pela “sua santidade, o salvador!”
É importante notar que, embora ajudar os outros possa ser uma qualidade nobre, a síndrome do salvador pode se tornar problemática quando leva às seguintes consequências:
Existem algumas ferramentas que podem ajudar a sair do padrão da síndrome do salvador, tais como:
É fundamental que as pessoas que identificam esses padrões de comportamento busquem apoio e considerem a possibilidade de consultar profissionais, como psicanalistas ou psicólogos. A psicoterapia pode ajudar a adquirir novos comportamentos para fugir do desejo de salvar, enquanto a psicanálise ajuda o paciente a entender os motivos do seu comportamento e consequentemente mudar padrões.
Interessante pensar que um indivíduo que busca sempre salvar os outros pode ter um quê de narcisismo, no sentido de se achar capaz de poder salvar alguém. O único salvamento possível é aquele relacionado a si mesmo.
Pessoas com síndrome de salvador provavelmente não salvam ninguém e ainda se frustram por isso. Além do mais, podem estar atrapalhando a vida dos outros, impedindo o desenvolvimento e a solução dos problemas que cada um deve buscar promover na própria vida.
A seguir, alguns exemplos para entender como é o mecanismo dessa síndrome:
Uma pessoa que se envolve repetidamente com parceiros problemáticos, acreditando que pode salvá-los de seus problemas.
Um colega de trabalho que constantemente assume responsabilidades extras para ajudar os outros, mesmo que isso lhe cause estresse e sobrecarga.
Alguém que sacrifica suas próprias necessidades para atender às demandas de seus familiares, mesmo quando eles são capazes de cuidar de si mesmos.
Explore a seguir a série de quatro vídeos da psicóloga Flávia Zagroba, desvendando sinais, impactos e estratégias para superar o padrão da síndrome da salvadora e promover uma vida mais equilibrada e saudável:
Em conclusão, a síndrome do salvador (ou salvadora), embora baseada em boas intenções, pode resultar em desafios significativos para o indivíduo envolvido.
Reconhecer e compreender esse padrão é o primeiro passo para a transformação. Ao estabelecer limites saudáveis, priorizar o próprio bem-estar e buscar apoio quando necessário, é possível superar a necessidade compulsiva de salvar os outros. Ao fazer isso, não apenas se promove uma vida mais equilibrada e satisfatória, mas também se fortalece a capacidade de construir relacionamentos saudáveis e significativos.
Fontes:
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Categorias: Saúde e bem-estar
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