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Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta crítico sobre os perigos associados aos cigarros eletrônicos, os populares e-cigs. A OMS não apenas os rotulou como “produtos prejudiciais” mas também apontou acusações sérias contra a indústria do tabaco, afirmando que ela está se beneficiando à custa da saúde das pessoas.
A principal preocupação da OMS é o crescente número de estudos que estão revelando “evidências alarmantes dos efeitos negativos desses dispositivos na saúde das pessoas”. A organização pede com urgência a imposição de restrições para impedir sua disseminação, especialmente entre os jovens.
De acordo com a OMS, os cigarros eletrônicos contendo nicotina têm potencial para criar dependência e causar sérios danos à saúde. Embora ainda não se compreenda completamente os efeitos a longo prazo, já foi estabelecido que eles produzem substâncias tóxicas, algumas das quais são conhecidas por causar câncer e aumentar o risco de doenças cardíacas e pulmonares.
Estudos revelaram que os vapores liberados pelos e-cigs contêm substâncias tóxicas como formaldeído, acroleína e metilglioxal, associadas ao aumento do risco de desenvolver tumores. Esses produtos químicos podem se ligar ao DNA e provocar mutações cancerígenas.
Outras pesquisas sugerem que os cigarros eletrônicos estão associados a riscos de inflamação nas vias respiratórias superiores, aumentando o risco de câncer no nariz, garganta e seios paranasais. Além disso, a exposição fetal a esses dispositivos pode afetar negativamente o desenvolvimento do feto durante a gravidez.
A OMS também levanta preocupações sobre o impacto no desenvolvimento cerebral e a possibilidade de distúrbios de aprendizagem em jovens devido ao uso de e-cigs. Estudos mostram que o uso desses dispositivos está ligado à desregulação de genes, além de interferir na imunidade e na resposta inflamatória do corpo.
Especificamente, os e-cigs contendo nicotina têm sido associados ao aumento imediato de coágulos sanguíneos, à alteração da elasticidade dos vasos sanguíneos, aceleração dos batimentos cardíacos e aumento da pressão arterial. Tais condições podem aumentar significativamente o risco de desenvolver doenças cardiovasculares graves, como derrames e ataques cardíacos.
Diante dessas descobertas alarmantes, a OMS enfatiza a necessidade urgente de impor regulamentações rigorosas para conter o uso de cigarros eletrônicos e combater a dependência de nicotina. Ela também critica a indústria do tabaco por promover agressivamente esses produtos, especialmente entre crianças e não fumantes, enquanto continua a vender bilhões de cigarros.
O uso crescente de cigarros eletrônicos entre crianças e jovens é um motivo sério de preocupação. A OMS ressalta a necessidade de instituições de saúde e governos responderem rapidamente a esse alerta, adotando medidas restritivas para conter a disseminação desses dispositivos e proteger especialmente os jovens, que estão sendo atraídos pelos vários sabores e pela propaganda nas redes sociais.
Os cigarros eletrônicos, outrora considerados uma alternativa “mais segura” ao tabagismo tradicional, agora estão sendo identificados como uma ameaça à saúde pública global. É essencial que ações sejam tomadas para proteger as gerações futuras e reduzir os riscos associados ao uso desses dispositivos modernos de tabaco.
Fonte: OMS
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Categorias: Saúde e bem-estar
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