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A principal função dos pulmões é o processo de troca gasosa que eles realizam através da respiração, onde o oxigênio do ar entra no sangue e o dióxido de carbono, um gás residual do metabolismo, sai dele. Uma vez nos pulmões, o oxigênio é movido para a corrente sanguínea e transportado para todo o corpo onde será distribuído à cada célula do nosso corpo, pois todas elas precisam de oxigênio para viver.
Problemas pulmonares são muito comuns e o câncer de pulmão está no topo da lista dos mais letais pois, segundo a OMS, 1,8 milhão de pessoas morreram de câncer de pulmão somente em 2020. Será que as doenças pulmonares estão relacionadas apenas com o ar que poluído que respiramos? Quais seriam as suas causas emocionais?
Vejamos os que dizem os especialistas em Medicina Tradicional Chinesa e em causas emocionais das doenças.
De acordo com a terapeuta Cristina Cairo, autora do livro Linguagem do Corpo, o pulmão pode sofrer em decorrência de desequilíbrios emocionais como ansiedade, crítica, agressividade e repulsa. Em sua concepção, aqueles que sofrem com problemas pulmonares demonstram bloqueios emocionais e desânimo com a vida, por isso, têm dificuldade de respirar.
Por causa desse estado, essas pessoas podem desenvolver doenças pulmonares relacionadas às seguintes causas:
Essa doença pode ser causada por desesperança, mágoa profunda e falta de coragem para continuar.
Quem tem este problema pulmonar sente-se cansado e se apega ao uso da razão e da lógica como mecanismo de defesa. Também sente-se descrente e sem energia. Para se curar desse mal, é preciso eliminar a mágoa antes de ser sufocado por ela.
É preciso resgatar a confiança na vida e desenvolver formas mais leves e otimistas de pensar e sentir.
A tuberculose pode ser proveniente de preocupações prolongadas ou duradouras, resultante de uma mente aflita e de um coração angustiado e pesado.
Para sair desse estado se faz necessário resgatar a fé na vida e buscar ver o lado positivo de tudo.
A bronquite pode ser adquirida na infância pelo sofrimento da criança com os conflitos dos seus pais e falta de amor no lar. Para superar esse desequilíbrio é preciso compreender o que passou, sem carregar ou atribuir culpas e se libertar da frustração e insegurança causada por desarmonia em casa.
Pessoas que sofrem de asfixia podem estar se sentindo sufocadas com seus desequilíbrios emocionais, preocupações, crenças limitantes e temores. Necessitam se libertar dos seus medos confiando na Grande Sabedoria da Vida e deixar-se fluir com mais leveza e liberdade.
Segundo Valcapelli & Gasparetto, os pulmões são considerados órgãos que possibilitam o contato do ser com o ambiente. Estes órgãos refletem nossa capacidade de absorver o que existe ao redor, bem como nossa forma de nos projetar no meio que nos cerca. Referem-se ao processo de troca, ao ato de dar e receber.
A saúde pulmonar depende da predisposição à vida, do firme propósito de existir, da vontade de interagir com o ambiente e da habilidade em manter as relações interpessoais. A negação da vida dificulta o processo de absorção do oxigênio.
Os bloqueios na expressão dos conteúdos internos podem provocar alterações no mecanismo natural da respiração.
O medo do desconhecido, de receber um não, a dificuldade de se expor e a recusa em absorver plenamente a vida, são fatores emocionais geradores de complicações pulmonares.
A recusa em admitir as circunstâncias que se vive pode causar falta de ar ou espasmos durante a respiração, como acontece na asma.
O medo de se envolver com as situações da vida e de viver com mais espontaneidade e autonomia pode afetar as funções pulmonares e desencadear distúrbios pulmonares.
Aqueles que se mantêm abertos à vida, dispostos a viver e a se relacionar com as mais diversas situações do cotidiano, mantêm os pulmões saudáveis.
A pneumonia reflete um estado interior de cansaço da vida causado por feridas emocionais, decepções ou preocupações excessivas, que levam a pessoa ao desespero seguido de desânimo.
Metafisicamente, a pessoa fica vulnerável a contrair pneumonia quando perde o prazer e o entusiasmo pela vida e se sente desanimada. A doença representa a somatização do estado de apatia, provocando no corpo a redução do oxigênio na corrente sanguínea.
A pneumonia pode advir de uma grande desilusão afetiva ou do cansaço de lutar em vão.
Para não incidir nessa situação de extremo desalento, é preciso lidar com a vida e os relacionamentos de forma mais lúcida e realista, sem criar falsas expectativas em relação às situações e pessoas.
É necessário desenvolver um senso de autovalor, independente da consideração dos outros, e buscar se realizar pela simples satisfação e não para agradar ou ter a aprovação alheia.
A enfisema pulmonar é uma doença que ocorre com mais frequência nos fumantes. Os aspectos metafísicos que envolvem essa doença estão relacionados à dificuldade de absorção da vida. A pessoa não se assume nem se posiciona frente às circunstâncias externas. Ela não tem habilidade de lidar com o inesperado, procura se esquivar dos obstáculos porque se sente frágil e desprotegida, e por isso, tem medo de acolher o que vem de fora, resistindo às mudanças.
Essa condição interna leva a pessoa a adotar o tabagismo, como válvula de escape, tornando-se viciada em cigarro. A principal causa emocional do tabagismo é o medo ou a negação da vida. Como fuga, busca-se alívio no cigarro.
O fumante sente-se indefeso e por isso se abala facilmente com os episódios desagradáveis da vida. Para anestesiar-se deste estado, ele fuma e fica vulnerável a desenvolver enfisema pulmonar.
A forma para não incorrer nessa situação problemática é fortalecer a integridade emocional, se autoconhecer, desenvolver a segurança interna e criar coragem para encarar a realidade sem distorções.
O edema pulmonar é o acúmulo de líquido nos pulmões. A causa metafísica do edema pulmonar está relacionada a um forte apego emocional, seguido de uma decepção extrema ou a perda de algo ou alguém que significou a razão de viver da pessoa.
O apego pode nos levar a viver em função dos outros e fazer com que deixemos de fluir livremente, o que pode gerar muito sofrimento quando não podemos mais contar com as pessoas pelas quais nos apegamos. Mediante a essa situação, a pessoa entra num quadro depressivo que a leva a comprometer as funções pulmonares e cardíacas, retendo líquido nos pulmões.
O apego é altamente prejudicial, porque causa dependência e relações tóxicas. Ser livre e libertar o outro é fundamental para manter a motivação e preservar a saúde pulmonar.
As feridas emocionais e traumas do passado podem gerar marcas e afetar os relacionamentos presentes. Esses problemas emocionais, impulsionados pelo orgulho ferido, podem desencadear comportamentos de frieza e rigidez para consigo, com as pessoas ao redor e sentimentos de rancor e vingança.
Se a pessoa cultiva estes sentimentos e perde a amabilidade, ela se torna uma séria candidata a desenvolver a tuberculose.
Para não ficar vulnerável a esse estado nocivo é preciso se libertar de toda a amargura. Caso contrário, os sofrimentos do passado poderão minar a motivação de viver o presente, de se relacionar com as pessoas e ainda gerar essa grave doença pulmonar.
A tosse é um reflexo instintivo de defesa para desobstruir as vias aéreas inferiores, que acontece para expelir toxidades e muco que podem acumular nas vias respiratórias. O ato de tossir está relacionado ao desejo inconsciente de eliminar as crenças e valores absorvidos ao longo da vida ou situações que provocam os conflitos internos.
Metafisicamente, uma crise de tosse pode denunciar a necessidade de se desprender da confusão interior e o desejo de revidar as agressões sofridas, que foram reprimidas internamente.
Um quadro de tosse reflete que a pessoa está reprimindo incômodos, porque não está conseguindo lidar ou expressar como se sente.
Nesse caso, é preciso fazer uma análise da situação e mudar o que for necessário, seja interna que externamente, em busca de uma vida com mais harmonia e equilíbrio.
Para Louise Hay, os pulmões representam a capacidade de absorver a vida. Para ela, doenças pulmonares significam medo de absorver a vida e podem acometer pessoas que não se acham dignas de viver plenamente. A autora orienta que, para se curar das causas emocionais das doenças pulmonares, é preciso desenvolver a plenitude interna.
Louise Hay ensina a criar novos padrões mentais para se curar destas doenças. Exemplos:
Pneumonia -> Livremente absorvo idéias divinas que estão cheias de sopro e inteligência da vida. Este é um novo momento.
Tuberculose –> Enquanto me amo e me aprovo vou criando um mundo alegre e pacífico para eu viver.
Enfisema –> É meu direito de nascença viver plena e livremente. Amo a vida. Eu me amo.
Problemas pulmonares -> Tenho a capacidade de absorver a plenitude da vida. Com amor vivo a vida em plenitude.
Na concepção da Medicina Tradicional Chinesa – MTC, os pulmões estão atrelados à tristeza. Por isso, quando essa emoção ocorre de forma intensa e prolongada, ela pode comprometer a função pulmonar.
Neste vídeo do seu canal, o acupunturista Gustavo Lima explica a relação entre a tristeza e a distribuição da energia emocional ou vital no corpo:
Note que quando estamos em conflito conosco ou com o meio à nossa volta, nosso corpo sente e nossa respiração fica alterada. Dessa forma, todo nosso metabolismo sofre e entra em desequilíbrio.
Para evitar que isso aconteça, é preciso tomar consciência de nossos processos internos e revertê-los, buscando a paz e o equilíbrio interno.
Fontes:
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Categorias: Saúde e bem-estar
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