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O corpo humano não consegue ficar mais 4 minutos sem respirar; mais de 3 dias sem água ou mais de 50 dias sem alimentos… Mas, e sem dormir?
Basta uma noite mal dormida para as pessoas começarem a sentir o efeito da falta de sono. No entanto, há quem garanta que consegue ficar dias sem dormir. Mas será que isso procede? Embora o Guiness World Record tenha marcado como recorde de privação de sono o caso de Randy Gardner, estudante de 17 anos, que ficou sem dormir por 11 dias e 25 minutos, em 1963, esse tipo de medição é bem difícil de fazer.
Tanto que o próprio livro de recordes deixou de aceitar esse feito, tendo em vista os perigos envolvidos na prática.
Estudar sobre isso pode ser antiético e a privação de sono é considerada uma forma de tortura. De todo modo, já existem diversas pesquisas mostrando a importância de dormir bem e quais os perigos de pular essa etapa no dia a dia.
O sono é essencial para o aprendizado, retenção de memórias, sistema imunológico, entre outras coisas. Ficar sem dormir pode tornar a pessoa mais propensa a doenças, como problemas cardiovasculares, depressão, obesidade e diabetes, de acordo com o Centro de Controle de Prevenção de Doenças.
Segundo os especialistas, o ser humano precisa de pelo menos 8 horas de sono por dia para ficar bem. Porém, se isso não ocorrer, o organismo começa a sentir – e muito – os efeitos de uma noite sem dormir.
Com 24 horas de privação de sono, o cérebro entra no modo sono-vigília. Mesmo que a pessoa pareça acordada, o cérebro, inevitavelmente, adormece. É a chamada intrusão de sono ou micro sono, quando a pessoa intercala intervalos de desatenção ou alucinação e estado de alerta.
Ficar acordo por todo esse tempo reduz ainda a coordenação visual e motora, como se a pessoa tivesse ingerido uma dose de 0,1% de álcool no sangue.
O tempo de reação, a fala, a tomada de decisões, memória e atenção são reduzidas. Há maior irritabilidade e problemas de visão, audição, coordenação e tremores.
Com 36 horas de privação, pode ocorrer um processo inflamatório aumentado no sangue e a pessoa pode desenvolver desequilíbrios hormonais, além de ficar com o metabolismo lento.
Com 72 horas, podem ocorrer alucinações, quadros de ansiedade e depressivos e problemas com a função executiva do cérebro.
Um estudo publicado na Nature and Science of Sleep (2019) mostra que até 16 horas sem sono o organismo reage de modo relativamente normal, é após esse período que tudo parece complicar. Vale lembrar também que a privação de sono é algo cumulativo e pode ser difícil perceber os efeitos da falta de dormir no organismo.
Embora existam poucos estudos sobre a privação de sono prolongada, existe uma doença chamada Insônia Familiar Fatal, que ocorre por causa de uma mutação genética que faz com que uma proteína anormal se acumule no cérebro.
Com isso, o corpo começa a se deteriorar e as pessoas morrem, pois essa proteína danifica as células cerebrais. O distúrbio mata a maioria dos pacientes, em média, em 18 meses.
Fontes:
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Categorias: Saúde e bem-estar
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