A nova variante do coronavírus pode afetar a eficácia das vacinas?


Com o alarme que ressoa do Reino Unido ao mundo, sobre a nova variante do coronavírus, a pergunta que não quer calar é: vacinas funcionarão?

Além da preocupação sobre a eficácia da imunização, também resta o receio sobre a possibilidade de a nova cepa viral ser mais grave ou mais mortal. A única verdade no momento é a de que ninguém sabe nada, e a Organização Mundial de Saúde já se apressou a informar que, por enquanto, não há nenhuma evidência de que a nova variante cause infecções mais graves ou afete a eficácia das vacinas até então testadas.

“[Cientistas] estão tomando esse vírus, essa cepa, eles estão cultivando em laboratório para ver se pode ser eliminado ou neutralizado por anticorpos retirados de pessoas que tiveram a infecção natural ou que receberam a vacina”, disse Soumya à BBC. Swaminathan, cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde.

Com base nos dados e nas informações disponíveis, a nova variante não afetará a eficácia das vacinas já aprovadas, pelo menos por enquanto… Mas há receios.

Isso porque, grande parte das mutações sofridas pelo vírus – o SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19 – aconteceu na proteína Spike que é a chave de entrada do vírus às células humanas.

Então, essas mutações podem ser que se revelem mais pra frente como facilitadoras da entrada do vírus no corpo, e os cientistas então de olho nisso até porque as vacinas trabalham nessa linha de frente (mas não só). As vacinas também atacam em diferentes partes do vírus e, por isso, mesmo com as mutações na porta da entrada, elas ainda assim deveriam funcionar.

Contudo, se as mutações continuarem, “podemos começar a nos preocupar”, como disse o professor Ravi Gupta, da Universidade de Cambridge para a BBC Mundo.

Fato é que as vacinas por si só não nos salvarão. Por um bom tempo a tendência será a de nos mantermos distantes e usar máscaras, evitar aglomerações e lavar as mãos com frequência.

A esse ponto que chegamos, com novas cepas surgindo aqui e ali, talvez investir em teste seja mais eficiente do que apostar demais nas vacinas. O que você está achando disso tudo?

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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