Com tanta falta de investimento do governo brasileiro em todas as áreas, parece um milagre o feito histórico do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Após a vitória da maratona aquática pela atleta Ana Marcela Cunha, e da prata de Pedro Barros no skate park masculino, o Brasil alcançou a marca de histórica de chegar a 19 pódios em uma Olimpíada fora de casa.
As últimas conquistas deram um gás no nosso quadro de medalhas com os bronzes de Alison dos Santos nos 400m com barreiras na pista de atletismo, de Abner Teixeira no boxe, Thiago Braz no salto com vara e o ouro na vela com Martine Grael e Kahena Kunze.
O Brasil já tem, também, garantidas mais três medalhas: no futebol masculino, que conseguiu classificar-se para a final e no boxe feminino e masculino, com a ida da atleta Beatriz Ferreira e Herbert Conceição para a semifinal. Mesmo em uma cenário de derrota, três medalhas já são verde e amarelo.
Restam apenas duas medalhas para o Brasil ultrapassar a marca histórica da Rio-2016. As chances de vitória podem vir do vôlei e da canoagem individual. Nesta quinta-feira, o Brasil ocupa a 16ª colocação no ranking de medalhas, que é liderado pela China.
Os atletas brasileiros já são vitoriosos por apenas participarem das Olimpíadas de Tóquio. Tendo como o seu principal adversário o governo de Jair Bolsonaro, o esporte nacional nunca passou por momentos tão difíceis em sua história recente.
Desde que assumiu a presidência em 2019, Bolsonaro extinguiu o Ministério do Esporte, rebaixando-o a uma Secretaria do Ministério da Cidadania, que recebeu 49% a menos de recursos, um total de R$ 225 milhões, além de ter perdido dois terços de seus funcionários.
Durante a pandemia, mesmo sabendo que as Olimpíadas estavam prestes a ocorrer, o governo federal cancelou o Bolsa Atleta, um benefício que variava de R$ 370 a R$ 15 mil para competidores de diferentes categorias, sendo a única fonte de renda de muitos atletas.
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Categorias: Esporte e Tempo Livre
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