Irisina, o hormônio que queima gorduras e combate o Alzheimer! Como aumentar sua produção


Para muitas pessoas, praticar exercícios físicos ainda é uma atividade muito penosa e difícil de ser executada com frequência. No entanto, existem vários motivos para incluir a atividade física no cotidiano. Um deles é o efeito de um hormônio chamado irisina.

A irisina é um hormônio produzido pelos músculos quando praticamos atividade física e ela é responsável pela transformação da gordura ruim em gordura marrom (aquela que acelera o metabolismo e continua queimando após o treino regular).

Além disso, a irisina também é responsável pela liberação de algumas enzimas essenciais para o metabolismo, inclusive no combate ao Alzheimer. É por este motivo que a irisina voltou a cair na mídia recentemente.

Os estudos com esse hormônio começaram em 2012, mas apenas relacionados ao emagrecimento e à prática de atividade física. Agora, novos estudos mostram que a irisina também tem efeito contra o Alzheimer, pois além de proteger o cérebro, ela ajuda a restaurar a memória perdida com a doença.

Vamos aprender sobre isso e também como aumentar a produção de irisina no organismo.

O que é irisina?

O nome irisina, foi dado a este hormônio em alusão à deusa “Íris”, que significa “mensageira”.

Antes esse hormônio era associado apenas à queima de gordura, mas um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro descobriu que a irisina também é responsável pela comunicação dos neurônios no cérebro e também para formar memórias.

Diferente da maioria dos hormônios que são produzidos por glândulas, a irisina é um hormônio produzido pelos músculos ao praticarmos exercícios físicos. Esse hormônio tem sido muito estudado não só por pesquisadores de Harvard, nos Estados Unidos, mas também por muitos médicos e nutricionistas que ajudam seus pacientes a emagrecerem.

O Dr. Fábio Pisani, por exemplo, explica como a irisina funciona no emagrecimento. Primeiro ele explica que existem 2 tipos de gordura: a branca (depósito de calorias) e a marrom (altamente metabólica). Quando nascemos, a presença de gordura marrom em nosso corpo é maior e vai diminuindo à medida que envelhecemos.

Em testes realizados com camundongos submetidos à atividade física regular ao longo de 3 semanas, os cientistas observaram não só aumento na quantidade de irisina no organismo deles, mas também uma alteração bioquímica nas células de gordura branca, as quais tiveram a quantidade de mitocôndrias aumentada em 20 vezes.

Essas células de gordura branca, transformaram-se em bege e causaram uma aceleração no metabolismo e geração de calor aumentada em 50 vezes, resultando no emagrecimento dos camundongos testados. Segundo o Dr. Fábio, isso explica porque emagrecemos quando praticamos exercícios físicos de forma regular.

Para que a irisina possa aumentar e ajudar no emagrecimento, é necessário que a atividade física seja feita com frequência e não de forma esporádica. Além disso, para potencializar a queima de gordura, o mais indicado é associar a prática de atividades aeróbicas (corrida, caminhada e afins) com a musculação, pois essa favorece a termogênese, ou seja, à queima de gordura até mesmo após o término do exercício.

Não é a toa que a irisina é considerada o hormônio do esporte! Lembrando ainda que a prática de atividade física constante deve ser associada à uma alimentação adequada, para que a queima de gordura seja feita de forma eficaz e saudável.

Como aumentar a produção de irisina?

Além da prática de exercícios físicos regulares aliados à uma alimentação saudável, existem outras formas de produzir mais irisina e emagrecer. Segundo o Dr. Alexandre Duarte, existe uma substância chamada ácido ursólico que estimula a liberação natural da irisina.

“Aparentemente o ácido ursólico atua no corpo induzindo a mecanismos de resposta parecidos com o jejum, liberando assim hormônios de proteção do corpo e, mais especificamente dos músculos como a irisina e o igf-1”.

Segundo Duarte, o ácido ursólico não apresenta efeitos colaterais, mas como todo fitoterápico, deve ser prescrito por um profissional da área.

Outra forma de aumentar a produção de irisina no organismo é com a ingestão diária de ômega-3. Segundo o estudante de nutrição Alisson Kalel, fundamentado no estudo do International Journal of Endocrinology and Metabolism, a alimentação contribui para a produção de irisina através do consumo de ácidos graxos poli-insaturados, assim como o ômega-3.

O estudo em questão mostrou que a suplementação de 1,2g de ômega-3 três vezes ao dia aumenta o nível sérico de irisina em indivíduos diabéticos. A irisina atua também na diminuição da resistência à insulina, auxiliando a transportar glicose para dentro dos músculos e, consequentemente, diminuindo a glicemia.

Existe ainda a possibilidade de desenvolver medicamentos à base de irisina ou de seus mecanismos para pessoas com Alzheimer ou que não podem praticar exercícios, como deficientes físicos. No entanto, essa alternativa ainda não está disponível no mercado devido aos estudos que ainda estão sendo realizados.

Sendo assim, a melhor forma de aproveitar dos benefícios da irisina tanto no emagrecimento como no combate ao Alzheimer é a prática regular de exercícios físicos, uma vez que eles atuam não só na prevenção da perda de memória, como também na restauração da memória perdida, segundo afirma Sérgio Ferreira, autor da pesquisa e professor dos institutos de Biofísica e de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Uma outra forma de aumentar a produção de irisina no organismo é com a prática de exercícios físicos em dias frios. De acordo com um estudo publicado na revista Cell Metabolism, calafrios liberam mais irisina para que o corpo consiga manter sua temperatura interna e, consequentemente, aceleram a queima de gordura.

CONCLUINDO: seja no calor, seja no frio ou em qualquer condição que você estiver, nunca deixe de praticar atividade física. Bateu preguiça? Vai com preguiça mesmo!

O mais difícil é começar, pois tanto durante quanto depois do treino, a sensação de bem estar produzida não só pela irisina, mas principalmente pela endorfina (outro hormônio produzido pelo nosso corpo com a atividade física), pagam todo o “esforço” que tivemos no início.

Sem contar a sensação de dever cumprido que é maravilhosa e nos faz querer enfrentar qualquer coisa, até mesmo um dia duro de trabalho…

Exercite-se!

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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