Ginástica Rítmica: o que é, benefícios e por que praticá-la


É muito raro encontrar alguém que não se encante com uma apresentação de Ginástica Rítmica. Sempre impecáveis visualmente, realizando movimentos com tanta qualidade, que chegam a parecer fáceis, as ginastas suam os collants, literalmente, para proporcionar essa harmonia que fascina a todos.

A Ginástica Rítmica é uma modalidade relativamente nova, mas suas inspirações, como a dança e o balé, existem há centenas de anos.

Conheça agora tudo sobre esse esporte.

Ginástica Rítmica: o que é

A Ginástica Rítmica é uma ramificação da ginástica, e combina movimentos de balé e dança, por meio da utilização de aparelhos, tais como cordas, arcos, maças e bolas. Um dos principais objetivos dessa modalidade é promover uma verdadeira expressão corporal, por meio de movimentos combinados, harmônicos, sincronizados com a música e uso de aparelhos.

A graça e a beleza são elementos essenciais e entram, inclusive, no julgamento dos juízes, nas competições oficiais.

É um esporte essencialmente feminino e deve ser iniciado por quem tem afinidade com a ginástica o quanto antes, por volta dos seis anos, para que se tenha tempo de desenvolver as técnicas, de modo seguro e eficiente.

Um resumo sobre a Ginástica Rítmica

A Ginástica Rítmica existe desde o início do século XX, no entanto, na época ela não era consolidada como hoje. Apesar de várias escolas incluírem novos movimentos e música às aulas de Ginástica Artística, somente em 1946 é que surgiu o termo “Rítmica”, na Rússia, graças à introdução da música e da dança na execução dos movimentos.

Somente em 1962 a Federação Internacional de Ginástica – FIG – reconheceu a Ginástica Rítmica como esporte. No ano seguinte, começaram a ser realizados os primeiros campeonatos.

Em 1984, a modalidade foi reconhecida e introduzida como modalidade olímpica.

Apesar de essencialmente feminino, o esporte adquiriu versão masculina, no Japão, nos anos de 1970, e cresce timidamente, ainda que não reconhecida pela FIG.

Atualmente, o esporte está presente em vários campeonatos, como o Mundial, Jogos Olímpicos, Copa do Mundo e Jogos Mundiais.

Curiosidades sobre a Ginástica Rítmica

A Ginástica Rítmica traz ainda uma série de curiosidades, tais como:

  • A mais expressiva nação da Ginástica Rítmica é a Rússia/Ucrânia/Bielorrússia (ex– União Soviética), com seis títulos nos jogos olímpicos, desde 1984;
  • Bulgária, Alemanha e Espanha estão entre as nações europeias de destaque;
  • Canadá, EUA e Cuba também são expressivas, bem como China e Japão;
  • A ordem dos aparelhos a serem utilizados é definido pela FIG;
  • Os juízes definem a nota com base na dificuldade dos movimentos, bem como na habilidade da ginasta, e vai somando os acertos e subtraindo os erros até chegar a uma média;
  • A FIG estipula um número mínimo de idade de 16 anos para participação em competições.

Benefícios da Ginástica Rítmica

Como toda modalidade esportiva, a Ginástica Rítmica também traz uma série de benefícios à saúde para seus praticantes:

  1. Ajuda a melhorar a coordenação motora – A exigência por movimentos harmônicos, em conformidade com o ritmo, fazem dessa modalidade uma excelente forma de melhorar a coordenação motora, principalmente entre as crianças;
  2. Melhora o equilíbrio – Um dos quesitos fundamentais da Ginástica Rítmica, o equilíbrio, também é um ganho de quem pratica esse esporte;
  3. Maior consciência corporal – A dança é uma das ferramentas mais expressivas para quem busca uma melhor consciência corporal, principalmente no caso das crianças, que ainda estão adquirindo conceitos de esquema corporal e lateralidade.
  4. Dá força – A Ginástica Rítmica trabalha os músculos de um modo integrado, e demanda força de seus praticantes, melhorando essa habilidade e favorecendo o fortalecimento muscular;
  5. Melhora a flexibilidade – Além da força, exige-se também dos esportistas uma flexibilidade na execução dos movimentos;
  6. Dá ritmo – A sincronia entre movimento e música fazem da Ginástica Rítmica uma ótima ferramenta de melhora da consciência de ritmo;
  7. Melhora o desenvolvimento cognitivo – O ginasta tem que criar e explorar os movimentos, o que amplia a capacidade cerebral, ajudando no bom desenvolvimento cognitivo;
  8. Ajuda a trabalhar a hiperatividade – Crianças hiperativas podem encontrar no esporte uma ferramenta de relaxamento e concentração, melhorando sintomas, tais como hiperatividade;
  9. Desenvolve o raciocínio e agilidade – A Ginástica Rítmica aumenta ainda a capacidade de raciocínio e agilidade de seus participantes;
  10. Melhora o sistema cardiovascular e respiratório – Como outras atividades físicas, a Ginástica Rítmica auxilia no bom funcionamento do coração e de todo sistema cardiovascular e respiratório.
  11. Trabalho em equipe – Uma das vantagens dos esportes de equipe é a questão social. É importante principalmente para as crianças, saber trabalhar em equipe, ajudar uns aos outros, cooperar e colaborar com o grupo. Isto traz repercussões sociais incríveis porque a criança aprende na prática, o senso de coletividade que, mais pra frente se traduzirá em senso de cidadania.
  12. Autoestima, confiança e perseverança – Um esporte assim tão bonito dá autoestima e, além do trabalho em equipe, como a ginástica rítmica também tem modalidade individual de competição, o esporte ajuda o praticante a adquirir confiança em si mesmo, a ter perseverança e muita força psicológica para competir individualmente.

Riscos e malefícios da Ginástica Rítmica

O maior risco na prática da Ginástica Rítmica é o desenvolvimento de lesões, como luxação, fraturas e até problemas mais graves, como enfermidades de coluna.

Para evita-los é essencial ter acompanhamento de um especialista e respeitar os limites do corpo, bem como seguir as indicações de todos os profissionais que cercam o esportista, tais como nutricionistas, preparadores físicos e médicos.

Se algum profissional não recomendar a ginástica rítmica para uma criança em particular, seja pelo risco de lesões, idade, etc, não se preocupe! Talvez seja recomendável fazer dança. A dança tem menos impacto e menos riscos. Pergunte ao médico.

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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