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Não importa a quantidade de gols, ou de medalhas que elas ganhem. O que vale, para nós, é o empenho, a garra, a persistência e a dedicação. São mulheres brasileiras que dão sua vida pelo esporte, que lutam, dia a dia, para poderem treinar. Que suam lágrimas de sangue para competir. E, ás vezes, até ganham medalhas olímpicas.
Aqui quero lembrar a história dessas três meninas, mulheres, brasileiras, lutadoras, que sem terem apoio institucional para realizarem o esporte que nos representa no mundo, continuam, a pura garra, vencendo e nos fazendo felizes.
Começo falando da Daniele Hypolito, que tem 27 anos de dedicação e treinamentos duros. Daniele compete em ginástica artística. Começou a treinar, menina, no SESI de Santo André, em São Paulo. Em 1994 foi contratada pelo Flamengo – ela sempre foi boa mesmo – e foi com a família para o Rio, financiados pelo contrato que dava casa, escola e salário. Não poderia ser de outro jeito já que os Hypolito são de origem humilde – o pai, motorista de ônibus e a mãe, costureira. Esteve nos Jogos Olímpicos de Sidney, em Atlanta e em Pequim, sempre mantendo as melhores colocações para a ginástica artística brasileira.
Na prova do dia 6, Daniele caiu sentada, isso prejudicou sua pontuação final. Ela pediu desculpas à torcida, presente e on-line, e todos, unanimemente, a aplaudiram.
Seu irmão, Diego, também ginasta, escreveu: “Parabéns guerreira! Você não tem que pedir desculpas! Pois você se dedica diariamente há 27 anos consecutivos! Você me fez acreditar que a dedicação é uma vitória! Todos sonham em estar em uma Olimpíada e você conseguiu cinco vezes! Abriu portas para a ginástica brasileira quando conquistou a primeira medalha da história em mundiais no ano de 2001. São 15 anos depois, e você por seus méritos continua sendo titular da Seleção Brasileira! Nós que temos que te agradecer por mostrar que todos podemos ser campeões na vida se nos dedicarmos! Te amo.”
Não, Daniele, não tem problema você ter caído. Você é uma guerreira, corajosa, linda, e nos representa. O que importa é, depois de cair, levantar e dar a volta por cima. Parabéns, Dani.
E Flávia Oliveira, ciclista, que batalhou duro chegando em 7º, 20 segundos depois da primeira colocada. Só 9 ciclistas conseguiram o feito de chegar no 1º minuto após a vencedora, a holandesa Anna van der Breggen, o que mostra o grande feito dessa nossa atleta. Flávia tem 34 anos e é o melhor resultado de toda a história do ciclismo brasileiro nos Jogos Olímpicos.
“É simplesmente indescritível competir em casa e a cada quilômetro ouvir pessoas gritando meu nome e falando palavras de incentivo. Estou muito feliz. A prova foi duríssima e sei que terminei muito perto de lutar por uma medalha. Foram menos de 30 segundos de diferença, mas também sei da importância desse resultado para o ciclismo feminino do Brasil. Agradeço a oportunidade de poder representar a nossa seleção e principalmente aos torcedores que marcaram presença de uma forma ou de outra incentivando o nosso ciclismo.”
Emoção pura é o vitorioso 7º lugar de Flávia!
Marta, a rainha do nosso futebol feminino, a Marta Vieira da Silva Viega, é alagoana, de Dois Riachos e joga desde 2000, quando começou no Vasco da Gama. Marta já foi eleita, por cinco vezes, a melhor futebolista do mundo e, na Copa passada, fez 15 gols. Essa menina, de garra e coragem já tem mais gols feitos, 117, do que Pelé (95), e isso, só com a Seleção Brasileira.
Dizem que Pelé afirma ser Marta a sua versão feminina – ledo engano de quem não sabe o que diz. Marta é mulher, joga como mulher, com garra e coragem de mulher que assume sua vida e seus passos. Marta é Marta, a melhor jogadora de futebol do Mundo.
Através dessas meninas, quero lembrar a vocês que me leem que, muitos guerreiros e guerreiras povoam o esporte e estão presentes na Rio 2016. E isso é assim porquê o esporte é, sempre, exemplo de dedicação, superação e coragem!
Parabéns aos guerreiros olímpicos da Rio 2016! Que a sorte lhes seja amiga pois, a persistência vocês já demonstraram.
E para fechar, escolhi algumas matérias que também falam de mulheres atletas, valentes, guerreiras, como essas três brasileiras, dentre muitas, que citei acima. Cada qual na sua modalidade, superando inúmeras dificuldades que só cada uma sabe, lutando em um mundo que não privilegia a mulher para nada, a não ser lavar, passar e cozinhar, quando precisam de comer, vestir, etc e tal. Por isso são valentes essas mulheres olímpicas de todos os tempos. Por isso me representam, independente do canto do mundo de onde tenham vindo.
YUSRA MARDINI – OLIMPÍADAS RIO 2016
IDADE NÃO É DOCUMENTO: OKSANA CHUSOVITINA – GINASTA OLÍMPICA, 41 ANOS, GUERREIRA, MULHER
A VITÓRIA DE RAFAELA NO PAÍS ONDE 60% DAS ESCOLAS PÚBLICAS SEQUER TÊM QUADRAS DE ESPORTES
Categorias: Esporte e Tempo Livre, Viver
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