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A participação de mulheres nas olimpíadas do Rio 2016 é a maior de todos os tempos. Conheça um pouco da história da participação feminina, que nem sempre foi permitida e que ainda hoje não é facilitada pela vida.
As mulheres começaram a participar nos jogo olímpicos somente a partir de 1900 – antes a participação feminina era proibida desde o início destes jogos, em 1896, em Atenas. Em 1900, Jogos Olímpicos de Paris, eram 22 atletas competindo em tênis, vela, críquete, hipismo e golfe – 2,21 % do total de competidores daquela edição.
Hoje, as atletas mulheres que participam em todas as modalidades olímpicas atingem um total de 5.180 inscritas. E, duas modalidades são somente femininas: o nado sincronizado e a ginástica rítmica. O número de inscritas supera aquele alcançado em 2012, que foi de 4.676 mulheres, um incremento de 10,77 %. Portanto, dos 11.437 atletas confirmados para todas as modalidades, 45, 29% são mulheres.
Atualmente, até jogos que antes eram tipicamente masculinos têm modalidades femininas também, como o rugby e a luta livre.
Algumas equipes têm, inclusive, uma predominância feminina em seus participantes – os EUA, que virão à Rio 2016 com 292 mulheres e 263 homens e a China, com 209 mulheres e 160 homens.
Na Rio 2016 a nossa equipe também é recorde – 209 mulheres e 256 homens, a maior participação feminina na nossa história de Jogos Olímpicos. Não somos a maioria, na equipe olímpica, mas somos poderosas, veja porquê, no recontar da história, abaixo.
No Brasil, como em diversos outros países, a participação de mulheres sempre foi dificultosa. Nas equipes brasileiras as mulheres entraram em 1920, em 1932 – quando Maria Lenk, nadadora, competiu sem ganhar medalha , em 1936, 1948 e 1952, quando Piedade Coutinho representou o Brasil na natação, em 1956, com Mary Dalva Proença, que disputou saltos ornamentais, em Roma 1960, com Wanda dos Santos, no atletismo. Aída dos Santos foi a brasileira a ficar em melhor colocação, nos jogos olímpicos de 1964 em Tóquio e Cidade do México, em 1970, quando ficou 20º no pentatlo. Aída era a única mulher na equipe brasileira. Em Seul 1988 e em Barcelona 1992, participou Luisa Parente, na ginástica artística.
As medalhas femininas brasileiras só começaram a chegar nos jogos de Atlanta 1996, com a modalidade vôlei de praia, quando ganharam medalha de ouro Jaqueline Silva e Sandra Pires e a de prata, que ficou com Adriana Samuel e Monica Rodrigues. Outra prata de Atlanta foi ganha pela nossa equipe de basquete feminino, com as memoráveis “Magic” Paula, Hortência e Janeth, e bronze, no vôlei feminino, Ana Moser, Márcia Fu, Leila, Fernanda Venturini, Virna e outras. Jogos maravilhosos que seguimos com emoção.
Seguiram-se mais medalhas nossas: em Pequim 2008 – Kleyten Quadros, Sarah Menezes e Mayara Aguiar (3 bronzes no judô), Maurren Maggi (ouro, salto em distância), ouro no vôlei, prata no futebol (com Marta – a melhor jogadora de futebol do mundo), o bronze na vela (com Fernanda Oliveira e Isabel Swan) e o bronze no taekwondo, com Natália Falavigna. Em Pequim a equipe feminina foi responsável pelas duas medalhas de ouro e seis das 15 medalhas que o Brasil ganhou.
Então, minha gente, é torcer pela mulherada que, na luta e na competição, na vida e na criação dos filhotes, na garra de construir um mundo melhor, estão puxando o carro à frente, com todo o vigor.
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