Generation Drag: o show das crianças LGBTQIA+


É bom que todos vamos nos acostumando, a geração Drag Queen, ainda Baby, está aí para todos verem e aceitarem sem preconceito. Assim, a Discovery + está prestes a transmitir uma nova série, o Generation Drag, que promoverá o mundo LGBTQIA+ em adolescentes.

Preconceito, bulismo, homofobia, violência que termina em morte… A vida dos pais que vêm seus filhos desde pequenos dizerem que não se sentem em seus gêneros biológicos é muito difícil. Para compartilhar essas vivências, a nova série vai contar histórias de jovens que se identificam como transgêneros e do apoio de suas famílias.

A série que terá 6 episódios e tem estreia prevista para 1° de junho, trará um olhar íntimo sobre cinco adolescentes, Jameson, Noah, Vinny, Bailey e Nabela, enquanto se preparam para suas melhores performances no “Draguante”, um show de Drag Queen voltado para jovens LGBTQIA+.

Tyra Banks, modelo, produtora executiva e condutora do programa, compartilhou sua empolgação sobre o projeto:

“Tenho tanta admiração e respeito por esses adolescentes. Eles estão navegando bravamente para se tornarem independentes em um mundo que pode ser muito desafiador e nem sempre receptivo. O que é tão bonito é ver seus pais e irmãos apoiando-os. A tenacidade focada no laser desses adolescentes inspira minha equipe e a mim, e estamos honrados em compartilhar suas histórias. Mal posso esperar para que essas personalidades pop mostrem sua ferocidade ao mundo.”

A ideia é normalizar a transição de crianças e adolescentes de um gênero para outro, enquanto suas famílias apoiam corajosamente que seus filhos explorem e vivam suas verdadeiras identidades.

Vejam o trailer oficial:

“Essa sou eu, é melhor você gostar”, diz um dos participantes que aparece no vídeo com um vestido rosa.

Sensualização de criança

Sensualização de criança e de adolescente não é legal em nenhum caso, seja criança LGBTQIA+ ou não.

O que se vê claramente no trailer são participantes muito jovens usando lingerie, maquiagem pesada, perucas e saltos altos. Os participantes, cujas idades não foram divulgadas, são chamados de adolescentes e pré-adolescentes. Poderiam ser crianças? Mudaria alguma coisa? E se fossem cisgenders, ou seja, pessoas que se identificam com seus gêneros? O que mudaria?

Sensualizar e sexualizar crianças e adolescentes não é bacana porque a vida tem etapas, a vida infantil é curta. Crianças precisam ser crianças e adolescentes precisam ser adolescentes, terão a vida inteira para serem adultos e tomar decisões importantes. Será que precisam decidir sobre suas identidades em um período de confusão hormonal total?

Será que a sexualização de crianças e a promoção de tratamentos ou cirurgias para “redesignação” de sexo não podem confundir ainda mais os jovens quanto à sua identidade? É só uma pergunta para pensar.

Imaginamos a boa vontade dos produtores da série em apoiar as famílias que estão passando por histórias similares em suas casas, e ao mesmo tempo informar a sociedade de uma realidade para que, normalizando, acabem-se os preconceitos que ferem e matam.

Tudo isso é super justo, mas é preciso ter o cuidado de não fomentar comportamentos em um público muito vulnerável ​​e manipulável como o dos adolescentes.

Não estamos sendo preconceituosos com o mundo LGBTQIA+, que fique claro pois, tais questionamentos servem para programas violentos (como vimos o Round 6, Squid Game) e em quaisquer outros que explorem a vulnerabilidade dos púberes.

Quem, da geração old school, não se inspirou no livro e no filme “Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída”? Ainda bem que no Brasil, não existia heroína. Por mais que a intenção seja sempre “alertar” ou “educar”, por trás de tudo há sempre uma intenção mais clara e menos vista: “vender”.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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