Infância, aquela saudade com gosto de bolo de fubá feito pela vovó. Quem não se diverte com uma boa tarde de brincadeiras? Casinha, esconde-esconde, duro ou mole, super-heróis, taco ou futebol com chinelo improvisando a trave?
Essas brincadeiras tradicionais possuem um grande valor cultural, foram passadas de gerações à gerações, sofreram alterações com o tempo, mas permaneceram na história tendo as crianças como as principais transmissoras desses jogos. As brincadeiras possuem grande importância no desenvolvimento social, educacional e psicológico. A atividade lúdica infantil implica para a criança muito mais do que o simples brincar; é a partir da brincadeira que ela interage e se comunica com o mundo. Através do brincar ela aprende, experimenta o mundo e suas possibilidades, elabora sua autonomia, organiza suas emoções, aprende a ganhar e a perder e desenvolve a habilidade motora e a linguagem.
Atualmente, as brincadeiras são pouco valorizadas e o tempo para brincadeira foi reduzido com a chegada das tecnologias interativas. É importante que os pais permitam que seus filhos passem por todas as etapas de desenvolvimento.
No início da vida interativa da criança, de 0 a 2 anos, a brincadeira surge com o propósito de estimular os sentidos. Nesta fase, é importante incentivar o descobrir, através de brinquedos que usem o tato, a audição e que permitam o contato da criança com o mundo. Dos 3 aos 4 anos começam as brincadeiras do faz de conta, onde as crianças simulam o cotidiano. Dos 5 aos 6 anos os jogos ativam as habilidades motoras e a brincadeira do faz de conta continua e se aprimora. Surgem também os jogos coletivos, de tabuleiros, mesas e dinâmicas. Dos 7 anos acima a criança se sente apta à participar e a desenvolver sua própria brincadeira, participa de jogos já aprendidos e desafia-se a jogos com graus de dificuldade maiores.
É valido lembrar que a variação de brinquedos é recomendável; meninas não têm que necessariamente ganharem sempre bonecas como presente. O mesmo vale para os meninos com seus carrinhos. Além disso, vale lembrar que o preconceito de gênero serve apenas para diminuir a criatividade da brincadeira. O importante é fazer com que a criança experimente de tudo, e que o mais importante não seja o brinquedo, e sim a interação e o aprendizado que a brincadeira irá gerar.
A criança precisa ter tempo e espaço para brincar. É importante proporcionar diariamente um horário e um ambiente rico com variedades de materiais para a brincadeira fluir. Já reparou como as crianças adoram improvisar objetos como brinquedos? A exploração de diferentes linguagens (musical, gestual, escrita) desenvolve a criatividade e a imaginação. O brincar incorpora valores morais e culturais, devido a promoção da imaginação através do lúdico, a criança adquire um sentido crítico que a ajuda a moldar suas vidas como crianças, e futuramente como adultos.
E apesar de todas as tecnologias que invadiram o espaço das brincadeiras tradicionais e que, hoje, facilitam a vida dos pais, para a criança nada é tão divertido quanto a família toda reunida em casa, no parque, na garagem, no quintal. Correndo, brincando de bola, corda, futebol, taco ou pega-pega.
Então, sabendo da importância do brincar, que tal dar uma olhada no tempo e chamar toda a galerinha para se divertir?
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