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Um empresário nigeriano passou a produzir bonecas negras para suprir uma lacuna no mercado africano. A Nigéria é uma nova promessa na economia mundial.
A decisão foi tomada quando Taofick Okoya percebeu que não conseguia comprar uma boneca negra para sua sobrinha. Como é o local com mais crianças negras no mundo, ele pensou que seria uma boa oportunidade de negócios. Adquiriu peças baratas da China, importou-as e acrescentou roupas tradicionais da Nigéria.
Neste mercado há sete anos, Okoya conseguiu vender entre 6 e 9 mil unidades de suas Rainhas da África e Princesas Naija em apenas um mês. As bonecas representam os três principais grupos étnicos do país: Hausa, Igbo e Yoruba.
Com marcas multinacionais entupindo os mercados africanos, a experiência desse empreendedor de 43 anos revela que ainda há espaço para iniciativas domésticas obterem sucesso, ao se valer de conhecimento local e chegar a um lugar de destaque, suprindo demandas de uma classe média florescente.
A força nigeriana é tal que economistas já enxergam um novo grupo – que, além da Nigéria inclui México, Indonésia e Turquia – para suceder os famosos Brics – Brasil, Rússia, Índia e China.
A Nigéria é o país mais populoso de todo o continente africano, com seus mais de 170 milhões de pessoas. A economia nacional cresce a um ritmo de 7% e junto com a África do Sul, é a mais pujante da África.
Nesse terreno fértil, não demoraria muito para que marcas conhecidas começassem a investir, como é o caso da Mattel – maior fábrica de brinquedos do planeta –, que viu nesse território uma chance de crescimento de 13%, enquanto nos países mais ricos só atinge 1% de avanço nas vendas. Entretanto, a maior parte dos nigerianos não tem condições de comprar esses brinquedos. Por isso, Okoya tem conseguido avançar tanto com sua linha de bonecas.
O sucesso das bonecas africanas é tanto, que o empresário tem começado a exportar para a Europa e África. Com isso, as Barbies loiras e magras têm ficado para trás, afinal não geram identificação com as crianças locais.
Okoya pretende mexer ainda em outro estereótipo relacionado ao mundo das bonecas: abandonar a “anorexia” como padrão. Assim que construir de fato uma imagem para sua marca de brinquedos, irá começar a pensar em bonecas com corpos mais largos, assemelhando-se a mulheres africanas em particular.
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Fonte fotos: facebook.com
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