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Ver um menino brincando de herói, soldado, pirata, ou encaixando calmamente peças de montar é uma cena que jamais remeteria a um homem machista. No entanto, pode ser que o tempo transforme esse menino inocente em um adulto que não respeita as mulheres, que usa a força como forma de se impor e que acredita que gênero qualifica alguém.
De quem é a culpa quando isso acontece? Evidentemente, a personalidade, o comportamento, a forma de “ser” no mundo envolve muitas variáveis, mas ninguém pode negar que há um importante papel da educação recebida em casa. Nesse sentido, é essencial olhar para esse menino com carinho, pois ele será o homem de amanhã e pode ajudar sim a compor uma sociedade melhor, menos sustentada nos velhos padrões machistas e mais em igualdade e empatia.
Algumas medidas, nesse sentido, podem ajudar os pais, nessa difícil tarefa de criar meninos para o mundo.
Confira algumas dicas.
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Meninos são seres humanos, e como tal também tem sentimentos.
É importante que os pais olhem sempre os filhos da perspectiva da empatia, estimulando um olhar humanizado sobre eles. Se algo o desagradar ou deixá-lo triste, mostre que ele tem todo direito de chorar, que isso não é “fraqueza”, que falar sobre o que sente é essencial para o autoconhecimento e para uma boa relação com os outros.
Durante as brincadeiras, deixe-o se expressar como quiser.
Não rotule formas de brincar como sendo “de menina” ou “de menino”, crianças não têm a mesma concepção que os adultos e são criativas, livres, precisam ter ferramentas para explorar o mundo, como acharem melhor. Sempre converse com seu menino para que ele aprenda a se comunicar, a expor os próprios sentimentos.
Isso vai fazer toda a diferença quando ele crescer.
Desde cedo, os meninos têm que saber respeitar a vontade alheia e aceitarem os “nãos”. Eles precisam entender ainda na infância a importância de respeitar o espaço, a opinião, os desejos do próximo.
Mostre que o corpo dos outros não é algo que possa ser tocado, sem consentimento, da mesma forma que ele não pode deixar que as pessoas o toquem, sem que ele queira.
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Para que ele cresça colaborativo, responsável e alinhado com a certeza de que obrigações domésticas são de todos, ensine-o desde cedo a cuidar da própria casa.
Dê tarefas para ele, mostre que homens também cuidam do lar, dos filhos, que isso é uma obrigação. A colaboração com os afazeres domésticos deve ser ensinada já na primeira infância, para que os meninos entendam que é um dever de todos, e não tem nada a ver com gênero.
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Crianças se espelham nos adultos para formar suas referências. Nesse sentido, as figuras masculinas da vida do menino devem ser exemplos de homens respeitosos e que exerçam uma masculinidade saudável, principalmente o pai.
Incentive-o também a ter contato com meninas, principalmente, na pré-escola, pois assim ele amplia a visão de mundo dele, e não fica segregado a visões masculinas, apenas.
Embora exista uma tendência de que os meninos sejam mais agressivos e gostem mais de brincadeiras de combate, isso não significa que a agressividade deva ser uma coisa nociva.
Deixe-a apenas no terreno do lúdico, e mostre para a criança que existem outras formas de se expressar. Ensine-o que ele não tem se impor pela força com ninguém. Que a melhor forma de se relacionar com os outros é por meio do diálogo. Isso vai torna-lo, certamente, um homem melhor futuramente.
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