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Elas são teimosas, birrentas, barulhentas, cheias de perguntas. Chegam ao mundo e bagunçam a vida dos adultos, impondo um ritmo de infância que pouca gente consegue suportar. Com tudo isso os pais perdem a calma. Ora por que querem que elas façam as coisas mais rápido, ou por que querem que obedeçam ou durmam. Criar filhos não é uma tarefa fácil, ainda mais por que dos dois lados da relação existem seres humanos, com gostos peculiares, personalidades diferentes, anseios, frustrações, necessidades.
Perder o controle acaba tornando-se uma constante, resultando em pais frustrados, culpados e filhos cada vez mais “difíceis”. No entanto, será que é normal perder a paciência? No texto abaixo a ideia é destrinchar o lado humano de ser pai e mãe, não somente para diminuir a culpa, mas adquirir consciência e instrumentos para melhorar o relacionamento com os filhos.
Embora não seja o ideal, sim é normal perder a paciência. Todo mundo, em algum momento, se descontrola por algum motivo. Seja uma divergência no trabalho, o trânsito, as dificuldades financeiras, as frustrações passadas, as causas são muitas para que a calma vá embora.
No que diz respeito aos pais, a difícil tarefa de criar os filhos já é por si um motivo de estressar. Ninguém quer errar na educação dos pequenos, no entanto o excesso de demandas que a criação exige é capaz de tirar do sério até o mais paciente dos seres.
Apesar de normal, a falta de paciência deve sempre ser analisada, principalmente por que por trás dela podem estar problemas que nada têm a ver com a criança.
Vale lembrar que as obrigações da vida moderna exigem dos adultos uma sobrecarga de tarefas sem igual, por isso é muito comum que sejam as crianças os alvos mais fáceis, por serem frágeis, vulneráveis e estarem em fase de aprendizado. Por isso, se a paciência está faltando constantemente, é importante avaliar a vida como um todo, se não é possível delegar algumas tarefas, se o adulto em questão está tendo o tempo necessário para descansar e relaxar, e, principalmente, ter consciência de que o problema não é das crianças. Elas refletem apenas a forma como os próprios pais reagem às emoções e lidam com as adversidades do dia a dia.
Seria ótimo poder reagir com maturidade e controle emocional em todas as situações, mas isso é humanamente impossível. Por isso é importante ser realista e perceber que, cedo ou tarde, algum episódio “raivoso” vai acontecer.
Os pais, embora queiram, não conseguem ter o controle de tudo, e precisam lidar com situações novas o tempo todo. Isso gera um estresse, que, apesar de incômodo, deve servir como termômetro para uma avaliação interna.
A falta de controle pode ser uma ótima oportunidade de aprendizado, e até mesmo os pequenos podem sair mais fortalecidos disso, já que a depender de como os pais lidam com esses momentos de conflito, a criança vai adquirindo um repertório próprio de como reagir diante das situações.
Por isso o equilíbrio emocional, até mesmo nessas horas, de saber pedir desculpas, caso tenha errado, de respirar fundo, quando sente que vai perder a calma, e o incentivo ao diálogo, podem ser importantes ferramentas para os filhos.
Existem algumas formas de evitar as explosões de raiva no dia a dia com as crianças.
Conheça algumas delas e lembre-se de que paciência é uma habilidade que se exercita.
Como vimos, perder a paciência é muito comum e pode até ser normal, mas não é o ideal nem para as crianças nem para os pais que se sentem muito culpados depois.
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