Nada de telefones celulares na escola. Na França, a promessa eleitoral do presidente Emmanuel Macron se torna lei. Uma lei que atende a já efetiva proibição do uso de telefones celulares em muitas escolas francesas, quase a metade delas, dentro de suas regras internas.
Agora. a Assembléia Nacional francesa votou efetivamente pela proibição dos celulares nas escolas primárias (école) e escolas intermediárias (collège) a partir do próximo ano letivo. Ou seja, é válida para os ensinos primário e secundário, para alunos de até 15 anos.
O texto, saudado pelo governo como “um sinal para a sociedade” e adotado por enquanto apenas em primeira leitura, viu a seu favor os votos da maioria, mas muito opositores o denunciaram como uma proposta “inútil” que responderia a uma “simples operação de comunicação”.
A decisão abrangerá praticamente todos os alunos, com exceção dos que frequentam o ensino médio, os deficientes e “para usos pedagógicos”.
O uso de telefones celulares, às vezes é uma fonte de conflito já nas famílias e está se tornando mais comum em salas de aula e lugares de recreação. Segundo um estudo do Centro de Pesquisa para o Estudo e Observação de Condições de Vida (Credoc), na França, em 2015, mais de oito em cada dez adolescentes receberam um smartphone, em comparação com dois em cada dez em 2011. A tendência é pegar mesmo em escolas de ensino fundamental, onde os alunos começam a ter um telefone celular já no quarto ano, quando começam a ir para a escola sozinhos.
Teoricamente, um “código educacional” francês (Code de l’éducation) especifica que o telefone é proibido “durante qualquer atividade educacional e nos locais estabelecidos pelos regulamentos internos” de cada instituto, geralmente os centros de documentação e informação, corredores, cantina e parque infantil.
“Mas é extremamente difícil aplicar essa regra”, diz Valérie Sipahimalani, professora e vice-secretária geral do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Médio (SNES-FSU), em particular devido ao número de supervisores que tendem a diminuir.
Aqui, então, a medida proposta por Macron na campanha eleitoral obteve os votos do Le Re’publique en Marche (LREM) e dos centristas de MoDemo, além daqueles dos liberais da UDI-Agir. Todos os outros grupos falaram de uma medida “hipócrita”.
O que você acha desta decisão? Muitas pessoas, incluindo educadores, acreditam que o uso consciente dos celulares pode ajudar as crianças na escola. Mas quem é que consegue usar o celular para fins educacionais e não de Whatsapp e redes sociais?
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