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Quando se fala em colesterol, muita gente associa esse problema a uma alimentação desregulada, sobrepeso e, principalmente, idade. Porém, esse distúrbio no organismo pode acontecer com qualquer um, inclusive com as crianças.
Atualmente, com o excesso de alimentos industrializados, ricos em gorduras trans, conservantes, aromatizantes, sódio e açúcares, não é tão surpreendente que os pequenos estejam cada vez mais vulneráveis e apresentar índices altos de colesterol.
No entanto, a boa notícia é que com algumas medidas simples, principalmente de mudança de hábito, é possível afastar esse problema da vida da criança. Confira abaixo.
O colesterol é uma gordura produzida naturalmente pelo corpo. Ela é importante para várias funções do organismo, faz parte da estrutura celular e desempenha importantes papeis, como produção de hormônios, de Vitamina D, entre outras. Todas as células são capazes de sintetizar o colesterol, mas ele é formado, principalmente, pelo fígado e intestino. Esse material produzido pelo organismo também pode ser conseguido por meio da alimentação, principalmente pela ingestão de gorduras saturadas, como carnes, ovos e manteiga.
Embora o senso comum pregue que exista um colesterol “ruim” e um “bom”, o que acontece é que só existe um tipo de colesterol. O que varia é a lipoproteína, uma combinação de lipídios, colesterol e proteínas, que a depender de como interagem, se são “melhores” ou “danosos” para o organismo. O HDL, a lipoproteína de alta densidade (“colesterol bom”) tem um importante papel na medida em que leva o colesterol para o fígado, onde é eliminado, promovendo assim uma limpeza das artérias, e prevenindo doenças cardiovasculares.
Já o LDL, a lipoproteína de baixa densidade, popularmente conhecida como “colesterol ruim”, faz o trabalho oposto, levando colesterol do fígado de volta para o corpo, o que pode provocar excesso de gordura nas paredes das artérias e seu consequente endurecimento. A formação dessas placas pode levar, futuramente, a doenças cardiovasculares, como AVC e aterosclerose.
Embora não exista uma estimativa oficial, os especialistas avaliam que cerca de 30% das crianças tenham colesterol alto. Entre as principais variáveis que podem levar a esse quadro estão o histórico familiar, a má alimentação e o sedentarismo. Vale lembrar que, embora fatores como sobrepeso e obesidade sejam agravantes, não é a forma física da criança que define se ela tem ou não colesterol alto. As mais magrinhas também podem ter o problema. Por isso, somente um exame de sangue específico pode avaliar corretamente o quadro.
Algumas crianças são mais suscetíveis a terem colesterol alto, principalmente se tiverem casos de hipercolesterolemia familiar uma doença que provoca níveis acima do normal nas taxas de colesterol, e que é passada geneticamente. Nesse caso, os valores podem ficar entre 350 e 550 mg/dl até acima de 1000 mg/dl.
Estima-se que 1 a cada 200 a 500 crianças apresentem a forma leve da doença, e 1 em cada 1 milhão a forma severa, que pode provocar doenças cardiovasculares antes dos 20 anos de idade. Os pequenos que têm familiares com essa condição precisam começar a medir o colesterol cedo, a partir de 2 anos de idade. Já para os demais, a recomendação é de que a primeira dosagem seja feita entre 9 e 11 anos.
Os hábitos alimentares atuais, com excesso de produtos industrializados, também são fatores relevantes no aumento do número de crianças com colesterol alto. Aliados ao sedentarismo, a tendência é que os índices aumentem cada vez mais. Por isso, todo cuidado é pouco. E uma das melhores formas de mudar isso é por meio da adoção de uma alimentação mais saudável.
Caso a criança apresente colesterol alto, sem relação com doenças genéticas, como a hipercolesterolemia familiar, é importante reavaliar os hábitos alimentares da criança e o quanto o estilo de vida pode estar impactando no quadro.
Algumas medidas, nesse sentido, podem ajudar, a diminuir as taxas altas de colesterol, como:
Os remédios que existem para controlar e baixar o colesterol só devem ser usados em crianças, em casos extremos. Geralmente, apenas a mudança de hábitos é suficiente para diminuir os índices e melhorar a qualidade de vida dos pequenos.
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